Para que serve o enxerto gengival?
A cirurgia de enxerto na gengiva ajuda na reconstrução do tecido gengival e evita perdas mais graves. Conheça as indicações e cuidados indispensáveis
A cirurgia de enxerto na gengiva ajuda na reconstrução do tecido gengival e evita perdas mais graves. Conheça as indicações e cuidados indispensáveis
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Descubra para que serve o enxerto gengival

O enxerto gengival é uma técnica para correção de gengiva retraída. O procedimento é indicado para casos em que parte da raiz do dente é exposta, fazendo com que o paciente sofra de hipersensibilidade dentinária após o consumo de alimentos com temperaturas frias e quentes.

24/03/2022

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O enxerto gengival é uma técnica para correção de gengiva retraída. O procedimento é indicado para casos em que parte da raiz do dente é exposta, fazendo com que o paciente sofra de hipersensibilidade dentinária após o consumo de alimentos com temperaturas frias e quentes. Além de aliviar a dor e outros possíveis incômodos, o enxerto também tem uma função estética, pois a retração deixa o sorriso desarmonioso e pode afetar a autoestima de algumas pessoas. Para entender mais sobre o assunto, indicações e riscos da cirurgia, o Sorrisologia conversou com a dentista Patrícia Almeida, especialista em reabilitação oral e estética. 

Enxerto gengival trata retração gengival e protege a raiz do dente 

Como explica a dentista, a cirurgia de enxerto de gengiva é indicada para quadros de retração gengival severa. A condição é caracterizada pela redução da gengiva em relação ao dente, deixando parte da raiz exposta. “O enxerto serve para recobrir normalmente uma retração gengival que ocorre na base do dente, quando começa a expor a raiz, local que tem a dentina”, explica. Por isso, a retração está diretamente ligada à sensibilidade dentinária, principalmente em relação a alimentos e bebidas muito quentes ou gelados. 

Segundo a dentista, a retração pode ser ocasionada por problemas como bruxismo, apertamento noturno, escovação feita com força ou traumas no tecido gengival. O problema também pode ter origem genética. “Existem casos em que o paciente nasce com uma gengiva um pouquinho mais baixa que a outra. Então fazemos esse enxerto gengival”.

Tipos de enxertos gengivais: técnicas são indicadas de acordo com cada acaso

A Dra. Patrícia comenta que existem três tipos de enxerto gengival. “Em dois deles, tiramos o tecido conjuntivo do palato (céu da boca) e descobrimos o local que tem a exposição da raiz. Em outro, quando a área que está exposta não é tão grande, fazemos o enxerto pediculado, quando você usa um pedacinho da própria gengiva para fazer esse enxerto”, comenta. A indicação de cada técnica considera as especificidades do caso e o grau de retração gengival. 

Por se tratar de uma cirurgia que retira fragmentos de tecido de áreas da boca, existe um mito de que o enxerto gengival seja complexo e arriscado. Entretanto, a dentista deixa claro que o procedimento é mais tranquilo do que se imagina. “A área doadora é o palato, que é inervada e irrigada. Então, a cicatrização é rápida e não tem risco da área receptora rejeitar, pois, o outro tecido é compatível. É do céu da boca mesmo”, esclarece.

Enxerto gengival exige reforço nos cuidados pós-operatórios 

Mesmo não sendo complexo ou arriscado, o enxerto gengival é um tratamento delicado que exige atenção especial com o pós-operatório. A Dra. Patrícia afirma que, embora os riscos de complicações sejam baixíssimos, é importante seguir à risca as orientações do dentista após a cirurgia. “Não comer alimentos com uma temperatura muito elevada ou muito baixa, porque aquele pedacinho de tecido ainda está se adaptando ao espaço novo”, recomenda a dentista. Outra recomendação é não esquecer de tomar os medicamentos prescritos pelo cirurgião. 

Por fim, a dentista destaca que pessoas com retração gengival precisam tratar a causa do problema. “[É importante] não voltar a fazer as mesmas coisas que fazia. Por exemplo, escovar o dente com força. Também precisa tratar o bruxismo e o apertamento para que isso não aconteça novamente”, orienta. Vale lembrar que o enxerto é um procedimento voltado para a consequência da perda tecidual da gengiva, mas não trata a sua origem. Sendo assim, é fundamental avaliar o que pode ter causado a retração, tratar o quadro e investir em cuidados preventivos. 
 

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