Herpes na boca: o vírus é transmitido por meio de objetos? Desvendamos 5 mitos e verdades
Você já deve ter ouvido diversas informações sobre o herpes na boca. Mas, afinal, o que é verdade e o que é mito? O Sorrisologia conversou com a dermatologista Livia Pino e esclarece tudo agora
Você já deve ter ouvido diversas informações sobre o herpes na boca. Mas, afinal, o que é verdade e o que é mito? O Sorrisologia conversou com a dermatologista Livia Pino e esclarece tudo agora

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Herpes na boca: 5 mitos e verdades sobre o vírus

Ele é um muito temido e está presente em quase dois terços da população do mundo inteiro, segundo a Organização Mundial de Saúde. Apesar de tantas informações e campanhas, o herpes simples continua sendo um ponto de interrogação para

15/04/2016

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Ele é um muito temido e está presente em quase dois terços da população do mundo inteiro, segundo a Organização Mundial de Saúde. Apesar de tantas informações e campanhas, o herpes simples continua sendo um ponto de interrogação para muita gente. As dúvidas estão desde a sua transmissão até o tratamento das lesões, que podem ser localizadas, na maioria das vezes, perto dos lábios. Pensando nisso, o Sorrisologia convidou a dermatologista Lívia Pino para explicar alguns mitos e verdades sobre o HSV-1, o vírus herpes.

1. O vírus herpes é transmitido por meio de objetos?

Verdade. O herpes é muito contagioso. A pessoa pode pegar não só beijando um portador, mas tendo contato com alguns utensílios usados pela pessoa. "O contágio pode ser feito de forma direta (contato íntimo), ou por meio de objetos como toalhas, louças, aparelho de barbear, por exemplo", afirma a dermatologista.

Dica: Muita gente costuma experimentar maquiagem de mostruários, como batom, aplicando o mesmo nos lábios. Lembre-se que esse item pode estar cheio de vírus e bactérias, inclusive o herpes. Não dê bobeira e teste a cor de uma maneira higiênica. Na ponta dos dedos é a que mais se aproxima à dos lábios.

2. A primeira crise de lesões é a mais grave?

Mito. A primeira crise pode ser leve ou grave. Lívia explica que, geralmente, a primeira infecção ocorre durante a infância. "Podem apresentar um quadro de gengivoestomatite herpética, causando dor ao engolir ou mastigar, febre, gânglios no pescoço e pequenas bolhas dentro da boca (aftas)". As próximas crises se manifestam de forma mais branda com um grupo de vesículas sobre a pele avermelhada, sendo que os locais mais comuns costumam ser nos lábios, perto da boca e próximo ao nariz.

A profissional conta que alguns dias antes do aparecimento das lesões, a pessoa percebe os sintomas da doença. "O paciente pode sentir uma coceira, dor, queimação ou apenas um desconforto no local onde surgirá a doença". Essa sensibilidade acontece porque o vírus começa se multiplicando no nervo.

3. Estresse e raios solares podem ocasionar lesões?

Verdade. A ocorrência das crises está relacionada à proteção natural das pessoas. "Se a imunidade estiver baixa, o vírus que estava latente se multiplica, vencendo a defesa do organismo e as crises aparecem". O estresse, a exposição solar excessiva, alguma doença ou até o período menstrual podem precipitar a crise. Para evitar o surgimento dessas bolinhas, tente levar uma vida mais serena, cuide mais da sua saúde, coma alimentos com fortes nutrientes e proteja-se do sol. Seus lábios vão agradecer e muito.

4. O risco de transmissão só ocorre enquanto as lesões estão expostas?

Mito. Na maioria das vezes a transmissão se dá pelo contato direto com a pessoa que possui herpes, como o beijo ou relação sexual, e indireto, por meio de copos e talheres, com o líquido da bolha. Mas a dermatologista atenta. "Existem crises chamadas subclínicas que não tem bolha mas o vírus está presente e pode ser passado para outro".

5. Quem contraiu herpes terá o vírus pelo resto da vida?

Verdade. O vírus herpes tem grande afinidade pelas terminações nervosas. "Depois do contágio ele fica latente nos nervos, como se estivessem dormindo, e assim nosso sistema de defesa não o reconhece como um intruso". Quando as crises vem à tona, significa que o vírus "acordou" e começa a se multiplicar novamente. É um ciclo sem fim que precisa de controle e tratamento.

Este artigo tem a contribuição do especialista:
Dra. Livia Pino - Dermatologista
Rio de Janeiro - RJ
CRM-RJ: 5276962-2

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