Quais são os problemas bucais mais comuns na pré-adolescência?
Entenda o que pode prejudicar os dentes nessa fase de vida com a ajuda da dentista Camila Stofella
Entenda o que pode prejudicar os dentes nessa fase de vida com a ajuda da dentista Camila Stofella

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Quais são os problemas bucais mais comuns na pré-adolescência?

Quais são os problemas bucais mais comuns na pré-adolescência?

22/02/2017

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O sorriso já não é mais o mesmo de quando eles eram pequenos e, por isso, os cuidados também devem ser um pouquinho diferentes. Conforme vão deixando a infância, os pré-adolescentes começam a lidar com muitas novidades - e até alguns perigos - quando o assunto é saúde bucal. Para aprender a se proteger da forma certa, saiba quais são os vilões dessa fase e como combatê-los.

Novo sorriso, novos problemas

Os dentes de leite já deram lugar aos definitivos e, aos poucos, todos os espaços foram preenchidos. Segundo a especialista Camila Stofella, é justamente nesse período, entre os 10 e 12 anos de idade, que a transição dentária está completamente feita e o novo sorriso está formado. Entretanto, é nessa fase que alguns problemas bucais também se tornam mais comuns e, por isso, merecem atenção.

Tudo começa pela placa bacteriana

Se os pré-adolescentes parecem deixar a escovação cada vez mais de lado, é importante lembrá-los dos riscos que isso pode oferecer, a começar pelo acúmulo da placa bacteriana. “Se sua remoção não for feita, ela acarretará em diversos problemas, dentre eles a cárie”, explica a dentista.

Segundo ela, isso acontece porque as bactérias crescem, fermentam e produzem ácidos que promovem a desmineralização do esmalte dos dentes, prejudicando a saúde na cavidade oral. “Outra complicação causada pelo acúmulo dessa placa é a gengivite, causando a inflamação da região da gengiva”, alerta Camila.

Mau posicionamento dos dentes

Os dentes permanentes chegaram há pouco tempo mas não parecem estarem tão bem situados na boca? É normal. Outro vilão nessa fase de vida é o mau posicionamento dentário. De acordo com a profissional, mesmo que seja um problema comum, é importante lembrar que a má oclusão pode prejudicar não só a estética do sorriso como também a mordida e deglutição, por isso, nada de ignorá-la.

Por que isso acontece?

“De forma geral, problemas como placa e má-oclusão possuem maior relação com os hábitos”, justifica Camila. Isso porque adolescentes costumam apresentar uma alimentação desregrada e repleta de açúcar, optando quase sempre por biscoitos recheados, balas e chicletes. Além disso, em alguns casos, desenvolvem até mesmo manias como roer unhas e morder objetos, prejudicando os dentes.

“Também por estarem em fase de crescimento, os pré-adolescentes passam a dormir mais vezes durante o dia, o que faz com que o pH da saliva fique muito baixo. Caso o jovem não escove os dentes antes de dormir, ele pode propiciar e muito a atividade da cárie”, alerta a profissional.

Como funciona o tratamento

Na hora de falar sobre formas de tratamento, Camila lembra que, diferentemente da placa bacteriana, que pode ser removida com uma boa higiene, a má-oclusão geralmente exige intervenção profissional. “Se for necessário, será feita a conscientização do paciente por meio de orientações do dentista, do fonoaudiólogo (especialmente em casos de deglutição atípica) e do apoio familiar”, conta.

Previna-se em todas as situações

Para começar a falar de prevenção, a especialista começa pela dica básica e mais importante. “O ideal é que o pré-adolescente seja motivado pelo seu dentista e por sua família a fazer uma boa limpeza de sua boca, pelo menos 3 vezes ao dia, utilizando creme e fio dental e bochechos”, reforça.

A dentista ainda destaca que a alimentação precisa ser repensada, e aconselha que os adolescentes consumam alimentos considerados protetores, como o milho e a castanha. Segundo ela, eles aumentam o pH do biofilme dental, estimulam a mastigação, o desenvolvimento da oclusão e a prevenção da cárie. Por último, mas não menos importante, nada de esquecer das visitas ao dentista. “A cada 6 meses, em consultas de prevenção”, finaliza.

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