Manchas na gengiva podem significar um melanoma bucal. Como essa doença afeta a sua saúde?
O melanoma bucal é um tipo de câncer que acomete, geralmente, pessoas acima de 60 anos. É caracterizado por manchas na gengivas que variam de cinza ao negro ou do vermelho ao roxo
O melanoma bucal é um tipo de câncer que acomete, geralmente, pessoas acima de 60 anos. É caracterizado por manchas na gengivas que variam de cinza ao negro ou do vermelho ao roxo

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Como um melanoma bucal afeta a sua saúde?

Recentemente você notou sua gengiva diferente, como se ela estivesse manchada? Isso pode ser um melanoma bucal, quadro que ocorre quando as células que produzem a pigmentação da pele tornam-se cancerígenas. O problema é silencioso e precisa de muita atenção, exi

20/07/2016

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Recentemente você notou sua gengiva escura, como se ela estivesse manchada? Isso pode ser um melanoma bucal, quadro que ocorre quando as células que produzem a pigmentação da pele tornam-se cancerígenas. O problema é silencioso e precisa de muita atenção, exigindo uma observação minuciosa do paciente. A estomatologista Marianne Carvalho explica mais sobre o assunto.

O melanoma bucal é um dos piores cânceres de boca

O melanoma bucal é um tipo de câncer que têm origem nas células produtoras de melanina, responsáveis pela pigmentação da pele. A doença é rara, representando apenas 3% dos cânceres de pele, menos de 1% de todos os tipos de melanomas e 0,5% de todos os cânceres que atingem a cavidade oral. "Sua relevância se deve ao fato de ser um dos tipos de câncer mais graves devido à sua resistência ao tratamento e à alta possibilidade de metástase", adverte a especialista.

O melanoma bucal se apresenta em manchas pigmentadas de coloração variada, indo do cinza ao negro ou do vermelho ao roxo. Raramente são despigmentadas. "Sua superfície pode ser macular ou ulcerativa, com bordas assimétricas e irregulares surgindo como lesões únicas ou múltiplas, primárias ou metastáticas". Segundo Marianne, os locais de maior frequência do melanoma bucal são o palato e a gengiva maxilar em 80% dos casos.

Por que o melanoma bucal aparece? 

Diferente dos melanomas de pele que tem a sua origem associada à exposição solar, a causa do melanoma bucal não é bem conhecida. A profissional afirma que não existe nenhuma relação aparente com fatores químicos, térmicos ou físicos, como o tabagismo, ingestão de álcool, má higiene bucal ou irritação dos dentes por próteses. "Acredita-se que a maioria dos melanomas bucais ocorre a partir de uma mucosa aparentemente normal".

Mas Marianne ressalta que cerca de 30% dos casos são precedidos por lesões pigmentadas na mucosa bucal. Além de histórico familiar, síndromes, fatores de crescimento e proliferação, defeitos citogenéticos e mutações dos genes supressores de tumor também influenciarem na formação do melanoma.

O melanoma bucal é mais comum acima dos 60 anos

Qualquer um corre o risco de ter a doença. Entretanto, a frequência é maior em pessoas com idade média de 60 anos, sendo mais raro em quem tem menos de 30 anos. Os homens têm sido os mais propensos a serem acometidos pela doença e as pessoas de pele branca também. "Como o melanoma bucal é raro, esses dados são baseados nos relatos de casos publicados na literatura mundial e não há explicação clara para seu aparecimento".

O melanoma tem consequências para saúde bucal

A doença possui poucos sintomas até ocorrer uma progressão significativa da doença, provocando aumento de volume, mobilidade dentária, sangramento e dor. "Infelizmente, é nesta fase avançada da doença que as pessoas procuram o dentista ou outro profissional de saúde, diminuindo dessa forma as chances de cura".

É possível prevenir o melanoma bucal?

Não há medidas específicas para prevenir o aparecimento do melanoma, segundo a especialista. A saúde é o diagnóstico precoce para melhorar a avaliação posterior do problema e aumentar as chances de cura. "Deve-se realizar visitas regulares ao dentista, uma vez que é o primeiro profissional a identificar as alterações na cavidade oral", finaliza.
 

Este artigo tem a contribuição do especialista:
Marianne Carvalho - Estomatologia e Patologia Bucal

CRO-PE: 7822

Atualizada em 26/10/2021

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