Em quais casos a dor de cabeça está relacionada com a sua saúde bucal?
Dor de cabeça é um incômodo que pode estar presente durante um dia todo. Mas, pode ser, que remédios comuns não resolvam: o problema é com a saúde bucal!
Dor de cabeça é um incômodo que pode estar presente durante um dia todo. Mas, pode ser, que remédios comuns não resolvam: o problema é com a saúde bucal!

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Quando a dor de cabeça está relacionada com a sua saúde bucal?

Em quais casos a dor de cabeça está relacionada com a sua saúde bucal?

12/12/2018

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Disfunção temporomandibular: sua enxaqueca pode estar dando sinais dessa doença! Dor de cabeça já é comum na rotina de muitos, podendo ser causada pelo estresse, pela ri e também por outras complicações, como a sinusite. Mas, esse incômodo também pode estar ligado à saúde bucal. Existem alguns problemas odontológicos que podem dar início a esse famoso sintoma. “O mais comum é a dor de cabeça oriunda de algum distúrbio temporomandibular”, esclarece o cirurgião bucomaxilofacial Alessandro Silva.

A disfunção temporomandibular acomete a ATM, articulação responsável por ligar a mandíbula e o osso temporal do crânio. Localizada bem ao lado dos ouvidos, essa é uma região super flexível que permite a mastigação e a fala. Problemas por ali podem acontecer por vários motivos: estresse, ansiedade, desgaste no osso e outras causas. “A doença é caracterizada por uma dor miofascial na musculatura da mastigação, envolvendo os músculos mais comuns, como pterigóideo, masseter e temporal”, explica o profissional.

Dor de cabeça pode ser sinal da DTM

Entre desconfortos no ouvido e no maxilar, o incômodo na cabeça é o principal sintoma da DTM. “Quando existem disfunções ou hábitos como apertamento, o paciente sente essas dores de cabeça, podendo ser confundidas com enxaqueca”, explica ele. São também sentidas uma certa sensação de desencaixe na mandíbula, flacidez dela, desconforto na hora de bocejar e ao mastigar. O cirurgião ainda conta que é normal associar essas manifestações com outros problemas. “É comum procurar erroneamente tratamento com neurologista e otorrino, mas a população precisa saber que esses hábitos são em conjunto com o bucomaxilofacial", completa.

Saiba diferenciar a dor de cabeça da DTM de outras

Existem muito tipos de incômodos na região. Ela pode permanecer na região do rosto, em um lado só da cabeça, na testa e por aí vai. Então, para ter certeza de que os desconfortos que o paciente está experienciando são os mesmos apresentados pelos quadros de disfunção temporomandibular, o especialista destaca algumas características. "As dores irradiam para região da têmpora e com intensidade maior no período da manhã, o que pode indicar maior atividade à noite, gerando fadiga muscular pela manhã”, define.

Os tratamentos da DTM podem ser conservadores ou cirúrgicos

Para garantir o tratamento rápido e efetivo da DTM, os pacientes precisam procurar ajuda profissional assim que possível. Dessa forma, para controlar o quadro, existem procedimentos mais conservadores e outros cirúrgicos. “São terapias para diminuir a inflamação, aumentar a mobilidade mandibular e alívio da carga na articulação, como o uso de relaxantes musculares e placa de mordida para alívio da pressão”, explica. Já a cirurgia é envolvida para corrigir o problema originário da DTM. “O mais importante é a estabilização da mordida que pode ser obtida por meio de cirurgias corretivas, como a de ATM, vídeo cirurgia minimamente invasiva e a ortognática”, completa.

A dor de cabeça pode ainda envolver outros problemas bucais

Existem outros casos de problemas bucais que costumam ser “avisados” por meio da dor de cabeça. Sua maioria tem alguma relação com a mandíbula, como a má oclusão e o bruxismo. Ambos também têm relação com a qualidade de vida do paciente. “É importante a mudança de hábitos e estilo de vida, diminuir ansiedade e estresse e realizar atividades físicas. Tudo é associado para potencializar o resultado”, comenta ele. O especialista recomenda ainda não mascar chicletes com muita frequência, não roer as unhas e nem morder tampas de caneta.

Este artigo tem a contribuição do especialista:
Alessandro Silva - Cirurgião bucomaxilofacial
São Paulo - SP
CRO: 55444

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