É possível ter espinha na gengiva? Devo estourá-la? Dentista explica o que fazer
A espinha na gengiva nada mais é do que uma fístula dental - uma bolinha de pus causada por uma infecção no dente
A espinha na gengiva nada mais é do que uma fístula dental - uma bolinha de pus causada por uma infecção no dente

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É possível ter espinha na gengiva? Devo estourá-la?

A espinha na gengiva nada mais é do que uma fístula dental - uma bolinha de pus causada por um abscesso dentário, que demanda exames e tratamento.

31/08/2022

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Está com uma bolha branca na gengiva e não sabe qual é a origem? Investigar o sintoma é sempre a melhor resposta para garantir uma boa saúde bucal. Algumas pessoas acreditam, por exemplo, que é possível ter espinha na gengiva, o que justificaria a presença de um foco inflamatório no local. Mas, será que isso realmente acontece? O Sorrisologia conversou com o cirurgião-dentista Edson Rodrigues, mestre em Estomatologia e Diagnóstico Bucal, que esclareceu o que significa o surgimento de bolinhas na gengiva e como tratá-las de forma apropriada.

Existe espinha na gengiva? 

Antes de tudo, é importante destacar que a gengiva não desenvolve espinhas. Por isso, de acordo com o cirurgião-dentista, caso você encontre uma bolinha branca dentro da boca, trata-se de um outro tipo de problema. “Essa espinha na gengiva,  na verdade, é um ponto de drenagem, por onde extravasa o conteúdo de dentro de um abscesso dentário. Esse abscesso percorre um caminho para achar um ponto de saída. Então, essa bolinha nada mais é que esse pus que está extravasando no local”, explica o especialista. 

Essa bolinha na gengiva pode ser chamada de fístula dental, que geralmente tem uma ligação direta com alguma infecção no nervo do dente. Também é possível que esse foco de pus se origine a partir de uma inflamação na gengiva ou de um machucado causado por algum impacto na raíz do dente. Por isso, de acordo com o especialista, é de suma importância investigar o problema.

O que fazer ao se deparar com a fístula dental?

O especialista destaca que o mais indicado é evitar o impulso de estourar a fístula na gengiva. Afinal, isso não vai resolver o problema e pode até mesmo atrapalhar no diagnóstico e no tratamento. “Ao estourar essa bolinha, você vai causar a drenagem desse abscesso. Então, é como se você removesse o pus, mas sem tratar a causa, o que pode acabar mascarando um pouco o problema”, explica.  

“Se você identificar essa bolinha na gengiva, o ideal é procurar um profissional. Não tente ficar estourando e drenando em casa, porque, muito provavelmente, tem um problema maior na região”, complementa.  

Vale destacar, ainda, que é possível que a fístula cresça com o passar do tempo. Por isso, demorar para realizar o tratamento não é muito indicado. “Uma vez que essa bolinha não é drenada, o volume vai aumentando cada vez mais. Pode ser tanto um abscesso crônico quanto um abscesso agudo. Porém, a tendência é que você sinta dor e procure investigar”, destaca o profissional. Caso se trate de um um abscesso crônico, significa que a lesão é menos intensa e a reação do organismo é mais lenta. Nesse caso, é bem possível que o paciente nem sinta dor. Já no caso do abscesso agudo, a infecção (geralmente causada por uma cárie profunda) é mais violenta e dolorosa.

Como tratar abscesso dentário corretamente

De acordo com o Dr. Rodrigues, o primeiro passo para tratar a fístula na gengiva e o abscesso dentário é realizar uma bateria de exames. “O tratamento vai consistir na realização de alguns exames radiográficos e tomográficos,  exames de palpação e percussão. Existem diversos exames que servem para diagnosticar esse tipo de problema. É importante, por exemplo, identificar se é um dente que tem uma polpa necrosada, que necessita de um retratamento endodôntico, ou um dente que teve uma fratura ou se há um abscesso gengival. A partir daí, pode ser tomada a conduta mais adequada para o tratamento da situação”, finaliza o especialista. É bem possível que seja necessário realizar um tratamento de canal, que consiste em retirar a polpa dentária e limpar o interior do dente para salvá-lo, evitando removê-lo.

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