5 estágios da cárie: você conhece todos?
O 1º estágio da cárie é marcado apenas pelo surgimento de uma mancha branca que afeta o esmalte dental
5 estágios da cárie: você conhece todos? Dentista explica detalhadamente as fases da cárie
O 1º estágio da cárie é marcado apenas pelo surgimento de uma mancha branca que afeta o esmalte dental
No 2º estágio da cárie, a lesão ainda não está muito profunda, mas pode haver uma mancha escura no esmalte do dente
5 estágios da cárie: você conhece todos? Dentista explica detalhadamente as fases da cárie
No 2º estágio da cárie, a lesão ainda não está muito profunda, mas pode haver uma mancha escura no esmalte do dente
Na 3ª fase da cárie, a bactéria atinge a dentina, o que pode criar um quadro de sensibilidade no dente
5 estágios da cárie: você conhece todos? Dentista explica detalhadamente as fases da cárie
Na 3ª fase da cárie, a bactéria atinge a dentina, o que pode criar um quadro de sensibilidade no dente
O 4º estágio é marcado por quadros de dor, visto que a cárie está avançando pela dentina e se aproximando da polpa do dente
5 estágios da cárie: você conhece todos? Dentista explica detalhadamente as fases da cárie
O 4º estágio é marcado por quadros de dor, visto que a cárie está avançando pela dentina e se aproximando da polpa do dente
No 5º estágio, há a formação de um abscesso, que consiste em uma infecção bacteriana com o acúmulo de pus no interior do dente, causando uma dor bem aguda
5 estágios da cárie: você conhece todos? Dentista explica detalhadamente as fases da cárie
No 5º estágio, há a formação de um abscesso, que consiste em uma infecção bacteriana com o acúmulo de pus no interior do dente, causando uma dor bem aguda

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5 estágios da cárie: você conhece todos?

Os 5 estágios da cárie se resumem em: aparecimento de mancha branca; avanço pelo esmalte; cárie atinge a dentina; se aproxima da polpa, formação de abscesso.

30/08/2022

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Entender como a cárie se desenvolve é mais simples do que parece. É possível definir 5 estágios da cárie, que se diferenciam principalmente quanto ao nível da infecção bacteriana. Na primeira fase, o problema é mais superficial, enquanto na quinta já ocorre uma infecção mais profunda. Quer saber mais sobre o assunto? O Sorrisologia conversou com a cirurgiã-dentista Uila Ramos, que explicou em detalhes as características de cada estágio da cárie. É só continuar lendo!

1º estágio: esmalte dental fica com manchas brancas

De acordo com a cirurgiã-dentista, as 5 fases da cárie dentária se diferem bastante em “extensão, gravidade, prognóstico e plano de tratamento”. No início, é possível identificar o problema por um pequeno sinal no dente. “Nessa fase, a cárie afeta apenas superficialmente o esmalte dental com o aspecto de uma mancha branca. Esse ataque inicial da ação bacteriana desmineraliza o esmalte, podendo ser estacionado com o tratamento da fluorterapia, que visa remineralizar a área atingida e controlar a doença”, explica.

2º estágio: ocorre o avanço da lesão cariosa e possível presença de mancha marrom no esmalte

Já na segunda fase da cárie, de acordo com a especialista, a infecção ainda não está muito profunda, de modo que o dentista consegue remover no consultório, de modo não tão invasivo. “A lesão cariosa pode seguir o curso clínico e avançar, causando uma lesão cavitada ou uma mancha marrom escura no esmalte dentário. Porém, nesse estágio, o paciente ainda não sente dor. Aqui, o tratamento restaurador é pouco invasivo”, destaca a especialista.

3º estágio: cárie atinge a dentina

Caso não seja tratada ainda no início, a cárie tende a progredir, de modo que a lesão fica mais profunda, gerando um primeiro sinal de incômodo no dente. “Nessa fase, a cárie atinge o tecido dentário chamado dentina, que é uma estrutura do tipo microtubular: ao longo de toda a sua extensão chegam prolongamentos celulares dos odontoblastos. Nesse estágio, a cárie já causou uma lesão com cavitação mais evidente”, afirma a dentista. 

“Quando o paciente come algum alimento doce, ou ingere algum líquido gelado, já sente uma sensibilidade aumentada, justamente pelo comprometimento da dentina pela ação bacteriana. O contato com esses alimentos causa uma perturbação no interior dos microtúbulos dentinários com a vibração dos prolongamentos do odontoblastos, que desloca o líquido contido nestes microtúbulos”, complementa a profissional. 

Para aliviar a sensação de dentes sensíveis, uma boa dica é tomar alguns cuidados com a higienização. Após realizar o tratamento com o dentista, uma boa dica é recorrer ao creme dental para sensibilidade e seguir as recomendações profissionais. A pasta de dente Oral-B Duplo Alívio, por exemplo, tem uma dupla ação: consegue aliviar a sensibilidade já no primeiro uso e também prevenir problemas na gengiva.

4º estágio: cárie se aproxima da polpa dentária e aumentam os sintomas de dor

Nesse estágio da cárie, a especialista destaca que o incômodo começa a se intensificar. O paciente costuma relatar dor ao se alimentar, ao ingerir líquidos e também sente uma espécie de pontada que incomoda durante um tempo, mas depois passa. Isso ocorre por conta do crescimento da cárie na parte mais interna do dente.

“Nessa etapa, acontece um avanço da cárie sobre a dentina, causando uma cavidade bastante profunda e próxima da polpa dentária. Mas, ao remover o tecido cariado, ainda não expôs a cavidade pulpar, com grande comprometimento da estrutura dentária (mais profunda deve ser a restauração dentária). É um estágio bastante crítico, porque a proximidade com a polpa indica o risco de ter acontecido a propagação das toxinas bacterianas para a polpa e, neste tecido, pode-se iniciar uma resposta inflamatória”, explica a profissional. 

A partir dessa fase em que a cárie está mais avançada, o modo de tratamento também fica mais complexo. Em casos mais graves, a partir daqui, a Dra. Ramos explica que talvez seja necessário realizar o tratamento de canal - procedimento no qual é feita a remoção da polpa dentária e a limpeza da parte interna do dente, visando aliviar a dor e salvar o dente, sem precisar removê-lo por inteiro. Ainda assim, de acordo com a especialista, apenas uma restauração mais simples também já pode ser suficiente. 

Por isso, inclusive, é muito importante ir o quanto antes ao dentista para diagnosticar e tratar o problema. De acordo com o Manual do Examinador, deselvovido pelo Ministério da Saúde, os exames devem ser feitos utilizando-se espelho bucal plano e uma sonda da OMS (sonda CPI). Com esses instrumentos, na maioria das vezes, os profissionais especializados conseguem identificar bem o problema.

“O tratamento restaurador visa remover o tecido cariado, eliminar resíduos (manter uma cavidade limpa), promover a remineralização da dentina, a proteção do complexo dentina-polpa, isolando física e termicamente contra estímulos nocivos. Em seguida, realiza-se a restauração dentária com resina composta ou outro material restaurador. Deve-se alertar o paciente sobre a possibilidade de que o dente já tenha ultrapassado a sua capacidade de reagir ao processo carioso. Com isso, pode persistir a sensação dolorosa, mesmo após ter sido restaurado em virtude do início de inflamação da polpa dental, o que indica a necessidade de tratamento endodôntico”, complementa a profissional.

5º estágio: formação de abscesso (infecção profunda)

No quinto estágio da cárie, de acordo com a especialista, o quadro encontra-se bem mais grave. O paciente pode relatar dor espontânea, que não cede com anti-inflamatórios ou analgésicos. Pode haver dificuldade de mastigação, perda de sono e uma dor de dente bem aguda, que tende a piorar durante a alimentação.

“A dor acontece porque o tecido pulpar já foi comprometido e a resposta frente a esse processo infecto-inflamatório causa o aumento da vascularização no interior da polpa (hiperemia). Devido ao fato de a cavidade que contém a polpa não poder se distender, o paciente sente uma dor pulsante que, por si só, é indicativa de necessidade de tratamento endodôntico”, destaca. 

Você sabia, inclusive, que é possível chegar a esse estado grave sem o paciente perceber? De acordo com a dentista, o quinto estágio da cárie pode ser marcado por um quadro de infecção profunda, com o acúmulo de pus na parte interna. No entanto, o problema pode se desenvolver de forma imperceptível. “Em alguns casos, a cárie evolui silenciosamente, compromete todos os tecidos dentários, atingindo também a polpa e o paciente não sente dor, porque houve a morte desse tecido. São os casos em que o dente não reage a nenhum estímulo, podem apresentar acúmulo de conteúdo bacteriano nos ápices radiculares (lesões periapicais) que são detectadas em radiografias odontológicas. O exame clínico também pode identificar a presença de uma fístula intraoral, uma espécie de bolinha na gengiva que solta um pus”, explica. 

“O paciente precisa ter consciência da gravidade do seu quadro de saúde bucal, visto que essa infecção pode evoluir para um quadro de abscesso de origem endodôntica (vem da polpa dentária), podendo-se estender para outras áreas anexas da maxila ou mandíbula. Em casos mais graves, a infecção endodôntica pode ganhar a corrente sanguínea e atingir órgãos como o cérebro, coração, pulmões, especialmente pacientes portadores de algum tipo de doença crônica ou que seja imunologicamente comprometido”, finaliza a profissional.

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