Dentina, nervo, esmalte: você conhece as camadas do dente?
Cada camada do dente tem uma função. Saiba mais sobre elas
Cada camada do dente tem uma função. Saiba mais sobre elas

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Dentina, nervo, esmalte: você conhece as camadas do dente?

Cada camada do dente possui uma função específica. Leia o artigo para saber mais sobre elas

05/04/2022

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Você já parou para estudar a estrutura de um dente, suas diferentes camadas e funções? Conhecer a anatomia da boca pode te ajudar a cuidar melhor dos dentes - a saber como escová-los, a escolher o tipo de escova mais adequada, bem como o creme dental ideal para cada situação. São muitos os fatores que podem influenciar nessas escolhas! Para esclarecer esse assunto, o Sorrisologia conversou com a dentista Camila Stofella, que falou mais sobre as camadas dos dentes, suas funções e o que acontece quando elas ficam danificadas. 

  • Qual a ordem das camadas do dente?

    A arcada dentária de um adulto é composta por 32 dentes (contando com 4 sisos). Cada um deles possui camadas de revestimento que, somadas, formam uma estrutura rígida e resistente. A dentista Camila Stofella cita quais são essas camadas básicas: ”A estrutura dentária é constituída por três camadas: esmalte (mais externa), dentina (camada intermediária) e polpa (mais interna)”, destaca.

  • O que é o esmalte do dente e qual sua função?

    Por ser a camada mais externa do dente, o esmalte dentário é bastante firme. Quando maduro, ele tem uma composição com mais de 90% minerais, que é importante para as funções que ele atende. “O esmalte é uma estrutura dura e resistente, que promove a proteção do dente e de suas camadas mais internas (dentina e polpa). O esmalte evita que nós tenhamos sensibilidade, além de permitir que ocorra o corte e trituração dos alimentos”, explica a dentista. 

    Esmalte do dente desgastado pode causar sensibilidade 

    Embora seja uma estrutura bastante resistente, o esmalte dentário pode ser afetado pelo consumo excessivo de alimentos danosos (corrosivos) e problemas bucais que, quando não bem tratados, desencadeiam sintomas bem incômodos. “Quando desgastado, o esmalte promove dor e sensibilidade ao paciente, pois a camada localizada abaixo do esmalte (dentina) é muito sensível”, afirma a especialista. 

    De acordo com a Dra. Stofella, existem condições que costumam ser decisivas para o desgaste do esmalte do dente: “Erosão (causada por consumo de refrigerantes ou distúrbios alimentares, como refluxo e bulimia); quando o esmalte perde sua anatomia e sofre um desgaste químico; em situações de trauma mecânico, como abrasão e bruxismo (quando o paciente range os dentes, desgastando-os), trauma oclusal (relativo às tensões existentes entre os dentes) e cárie dentária (quando ocorre a desmineralização do esmalte e a formação de cavidades)”, relata a profissional.

  • O que é dentina e qual sua função?

    Localizada logo abaixo do esmalte dentário, a dentina é uma camada mais vulnerável à presença de substâncias ácidas e corrosivas. Por isso, inclusive, precisa da proteção do esmalte. Ela é constituída por cerca de 70% de minerais (matéria inorgânica) e tem um teor mais alto de água, sendo menos rígida. 

    De acordo com a dentista, embora seja menos resistente que o esmalte, a dentina também cumpre um papel importante na proteção do dente. “A dentina faz a comunicação com a polpa dentária, ligando as reações externas à polpa. Também apresenta um papel de proteção frente a estímulos traumáticos (trauma dentário) ou bacterianos (cárie)”, afirma. 

    Dentina exposta pode ser causada pela retração gengival

    Ficar atento aos menores sinais de sensibilidade nos dentes é importante para evitar problemas maiores. Afinal, apenas com o esmalte desgastado já é possível sentir um grande incômodo. Caso o desgaste atinja a dentina, será necessário tomar cuidados maiores e ser bem cauteloso na escovação. “Sensibilidade de uma forma geral que pode ser agravada quando mais profunda for a exposição”, destaca a dentista.

  • Onde fica o nervo do dente (polpa) e por que ele é tão importante?

    A polpa dentária, também chamada de nervo do dente, fica localizada abaixo da dentina. Ela é a camada mais interna de toda a estrutura do dente, formada por um tecido conjuntivo frouxo. Este é constituído por células (em especial, fibroblastos, ectomesenquimáticas e odontoblastos), vasos sanguíneos e nervos. 

    Embora seja uma camada mais vulnerável, a polpa do dente é considerada extremamente importante para a saúde bucal: é responsável por produzir dentina, além de cumprir funções formativa, nutritiva, defensiva e reguladora da circulação e da pressão intrapulpar. A inflamação da polpa dentária (pulpite), inclusive, causa uma dor muito intensa e pode ser bastante danosa. Ela pode ocorrer por conta da ação de cáries, de traumas pontuais ou ser até mesmo a consequência de doenças, como o bruxismo, ou hábitos errados de mastigação. Para evitar esse tipo de problema, é fundamental ter atenção com a saúde bucal e frequentar o dentista regularmente, com intervalos máximos de 6 meses.

  • O que é o cemento do dente?

    Além das três camadas que formam o dente, existem outras partes estruturais bem importantes. O cemento, em especial, é uma camada semelhante ao esmalte (bastante mineralizada) que é fundamental para a estabilidade dos dentes. De acordo com a dentista, o cemento pode ser considerado um dos constituintes mais importantes da arcada dentária. “É um tecido conjuntivo que recobre as raízes dos dentes e ancora as fibras periodontais. Sua função é ancorar o dente ao osso alveolar adjacente por meio do ligamento periodontal”, explica.

  • Qual a função da raiz dentária? 

    Formada por polpa sensorial e dentina, a raiz dentária é indispensável para a sustentação dos dentes. Ela fica inserida no processo alveolar e coberta por cemento, devidamente protegida contra a ação direta de bactérias e do conteúdo bucal como um todo. De acordo com a dentista, a raiz é a base para o bom funcionamento dos dentes. “A raiz apresenta função de sustentação do dente e dissipação das tensões de mastigação, assim como também faz a conexão entre a polpa, os canais radiculares e a parte óssea”, finaliza.

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