O que é prognatismo mandibular e como tratar? Dentista fala sobre as causas e cuidados que o problema demanda
O prognatismo mandibular é uma alteração no desenvolvimento facial marcada pelo crescimento excessivo da mandíbula, o que demanda um tratamento ortodôntico cirúrgico
O prognatismo mandibular é uma alteração no desenvolvimento facial marcada pelo crescimento excessivo da mandíbula, o que demanda um tratamento ortodôntico cirúrgico

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O que é prognatismo mandibular e como tratar

O prognatismo mandibular é uma alteração orofacial marcada pelo crescimento excessivo da mandíbula, o que demanda um tratamento ortodôntico cirúrgico.

04/10/2022

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Quando a pessoa tem o queixo para frente, posicionado de forma mais projetada, é bem provável que o quadro seja diagnosticado como prognatismo mandibular. Além de afetar a estética, essa alteração facial pode prejudicar algumas funções da boca, causando algumas dores no dia a dia. Geralmente, a correção do problema consiste em realizar um tratamento ortodôntico-cirúrgico, sempre acompanhado de um profissional especializado. Para saber mais sobre o assunto, o Sorrisologia conversou com a cirurgiã-dentista Uila Ramos, que explicou melhor o que é prognatismo e como tratá-lo de forma adequada. Confira!

Afinal, o que é prognatismo mandibular? 

De acordo com a cirurgiã-dentista, é importante identificar os sintomas de prognatismo mandibular para evitar futuros problemas de má oclusão. Quando o problema progride, o paciente pode sentir dores de cabeça, dificuldade de mastigar e até sofrer danos mais graves no posicionamento dos dentes

“O prognatismo é uma alteração no desenvolvimento facial caracterizado pelo crescimento excessivo da mandíbula (se posiciona à frente da maxila, desenhando um perfil facial côncavo) e que se reflete diretamente no desempenho das funções orofaciais (fala, deglutição, mastigação e sucção). Ele pode gerar erros de posicionamento dentário, instalação de má oclusão, prejuízo da estética facial e causar baixa autoestima no paciente”, destaca a especialista.

O que pode causar prognatismo?

A origem do prognatismo mandibular costuma estar relacionada a fatores hereditários. No entanto, é possível que alguns hábitos (como chupar o dedo ou apertar os dentes) possam piorar os sintomas. De acordo com um estudo publicado na Universidade de São Paulo (USP), manter esses maus hábitos na infância pode prejudicar o desenvolvimento das estruturas e funções orofaciais, resultando em distúrbios no posicionamento da língua e dos dentes. 

O prognatismo, assim como outros problemas temporomandibulares, tendem a se acentuar caso o paciente tenha certas manias ou não trate transtornos como o bruxismo. Por isso, de acordo com a dentista, embora a origem do prognatismo seja geralmente hereditária, é imprescindível que o paciente tome certos cuidados e siga as orientações do seu dentista de confiança.

“Essencialmente, a natureza dessa alteração pode ter como origem causas genéticas e/ou fatores ambientais. O prognatismo mandibular deve-se ao crescimento deficiente da maxila, retrusão maxilar, crescimento excessivo em tamanho da mandíbula e protrusão mandibular (causando o desalinhamento das arcadas dentárias). Porém, é preciso entender que esses fatores podem se combinar acentuando a severidade da má oclusão e o efeito sobre a estética facial”, explica a especialista.  

Qual o tratamento para prognatismo mandibular?

De acordo com a Dra. Ramos, é possível tratar o prognatismo mandibular de duas formas distintas. Na fase da dentadura mista, quando os dentes de leite começam a cair e os permanentes a nascer, recomenda-se optar pelo tratamento ortopédico funcional dos maxilares. “Esse tratamento visa realizar a tração reversa da maxila (literalmente avança a maxila) para compensar o erro esquelético e equilibrar a relação das bases ósseas”, explica a profissional.

No entanto, é importante ter em mente que nem sempre esse tratamento é definitivo. Isso porque a mandíbula só para de crescer quando o indivíduo atinge a maturidade esquelética, de modo que o problema pode se acentuar por alguns anos. “Os pais (ou responsáveis) e o(a) paciente devem ficar cientes de que esta pode não ser uma solução definitiva, em razão do crescimento residual que ainda irá ocorrer, e por isso, a mandíbula poderá voltar a ficar em prognatismo”, complementa a especialista. 

Já para tratamentos em dentes permanentes, de acordo com a dentista, é necessário realizar procedimentos mais complexos, seguindo três fases distintas. “Nos casos em que, após o crescimento residual, a mandíbula permanece prognata ou com nível de prognatismo severo (não permite a compensação ortopédica), o tratamento indicado é o ortodôntico-cirúrgico”, afirma. Confira como são realizadas essas etapas do tratamento:

  1. Fase ortodôntica pré-cirúrgica: visa alinhar e nivelar os dentes, preparar as arcadas e corrigir as compensações dentárias;
  2. Fase cirúrgica: correção do posicionamento das bases ósseas, que poderá consistir apenas no reposicionamento da mandíbula ou, somado a isto, também o avanço da maxila;
  3. Fase ortodôntica pós-cirúrgica: finalização ortodôntica com o refinamento das relações oclusais, instalação de contenções ortodônticas.
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