Laser odontológico: como a tecnologia ajuda a tratar doenças na boca e auxiliar tratamentos
O laser odontológico de baixa intensidade tem finalidades terapêuticas, com potencial anti-inflamatório e analgésico, enquanto o de alta intensidade serve para auxiliar em procedimentos cirúrgicos.
O laser odontológico de baixa intensidade tem finalidades terapêuticas, com potencial anti-inflamatório e analgésico, enquanto o de alta intensidade serve para auxiliar em procedimentos cirúrgicos.

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Laser odontológico: como a tecnologia ajuda a tratar doenças na boca

O laser odontológico de baixa intensidade tem potencial anti-inflamatório e analgésico, enquanto o de alta intensidade auxilia em cirurgias.

31/08/2022

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O laser odontológico é bastante utilizado em diferentes tratamentos bucais, sendo útil para aliviar dores e acelerar processos. Você sabia, inclusive, que existe laserterapia de baixa e alta intensidade? Os dois procedimentos têm efeitos distintos, mas ambos são importantes para tratar doenças na boca. Para saber mais sobre o assunto, o Sorrisologia conversou com a cirurgiã-dentista Uila Ramos, que falou mais sobre as vantagens de recorrer à odontologia a laser para reparar tecidos e otimizar tratamentos. Vale a pena conferir!

O que é laserterapia odontológica?

De acordo com a especialista, o laser odontológico permite tratamentos mais acelerados e menos dolorosos para o paciente. “É uma alternativa terapêutica que aplica uma fonte luz - que pode ser de alta ou baixa intensidade, de acordo com o comprimento de onda da radiação -, com a finalidade de proporcionar tratamentos mais confortáveis, seguros e menos invasivos para o paciente”, explica. 

Vale destacar que existem diferentes tipos de lasers, em potências distintas, que podem servir tanto para fins estritamente terapêuticos quanto para procedimentos cirúrgicos. “A palavra Laser (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation) é um acrônimo da língua inglesa que significa ‘amplificação de luz por emissão estimulada de radiação’ e atua de acordo com o tipo de laser indicado para cada situação clínica, na qual a energia luminosa é convertida em energia útil para o tecido que se deseja atuar”, complementa a profissional.   

Laserterapia de Baixa Intensidade tem ação anti-inflamatória e analgésica

A laserterapia de baixa intensidade, de acordo com a Dra. Ramos, é uma atividade essencialmente terapêutica bastante confortável para o paciente. Ela impulsiona a atividade celular com a bioestimulação e tem potencial antimicrobiano - ou seja, ajuda a matar bactérias nocivas para a saúde bucal.

“Na laserterapia de baixa intensidade, também chamada de Terapia a Laser de Baixa Intensidade (TLBI), a finalidade é aplicar luz, com a radiação adequada dentro do espectro do infravermelho ao ultravioleta, nos tecidos bucais a fim de estimular a sua atividade biológica e atuar como alternativa terapêutica não invasiva ou auxiliar de outros tratamentos”, destaca a profissional. 

De acordo com a especialista, é possível utilizar o laser de baixa intensidade para reparar tecidos, aliviar dores e otimizar diferentes tratamentos odontológicos. Confira as principais aplicações mencionadas pela cirurgiã-dentista: 

  • Processos de reparação tecidual (após cirurgias e traumatismos), atuando na ativação da microcirculação; 
  • Proporciona efeito analgésico e anti-inflamatório;
  • Estímulo ao crescimento celular. Como exemplo, ajuda na prevenção e tratamento da mucosite oral, que é uma complicação decorrente da ação da quimioterapia, 
  • Estímulo à formação de dentina reparadora;
  • Redução da sensibilidade dentinária;
  • Reparação óssea;
  • Redução da dor nos quadros de alveolite dentária (infecção no alvéolo) e pericoronarite (infecção que acomete tecidos moles que circundam a coroa dentária);
  • Auxilia no tratamento de úlceras traumáticas. 

Laserterapia de Alta Intensidade auxilia em procedimentos cirúrgicos

O uso do laser de alta intensidade, por outro lado, já cumpre outras funções. De acordo com a Dra. Ramos, ele é indicado para procedimentos cirúrgicos mais conservadores, “desencadeando o estímulo para a hemostasia (estancar  o sangramento), a coaptação das bordas da ferida cirúrgica (dispensando a sutura) e a redução da dor pós-operatória”, nas palavras da especialista. Em suma, esse tipo de laser pode ser usado durante processos de corte e remoção em cirurgias e também no período pós operatório. Confira as vantagens de utilizá-lo:

  • Desempenha propriedades fototérmicas e termomecânicas; 
  • Possui capacidade de estimular a vaporização e hemostasia (características desejáveis após cirurgias); 
  • Promove a coagulação tecidual;
  • É indicada para casos de frenectomia lingual e labial (procedimentos de remoção dos freios);
  • Auxilia em procedimentos periodontais cirúrgicos (gengivoplastia, gengivectomia, aumento de coroa clínica) e osteotomias.

Laserterapia odontológica: contraindicações e cuidados necessários

Você sabia que nem todo mundo pode ser submetido à laserterapia odontológica? Isso porque, de acordo com a dentista, o efeito de bioestimulação do laser acelera a multiplicação das células, o que pode ser contraindicado para alguns pacientes. Veja quais são as principais contraindicações:

  1. Pacientes que apresentam algum tipo de tumor maligno (câncer), sob o risco de facilitar a ocorrência de metástase;
  2. Pacientes com hipertireoidismo, pois aumenta a atividade da glândula tireóide em pacientes que já apresentam um descontrole da liberação hormonal;
  3. Pacientes com história de fotossensibilidade.

É importante destacar, ainda, que o uso do laser deve ser feito por profissionais especializados, com o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs). Caso contrário, o laser pode causar danos aos olhos. “É totalmente contra-indicada a irradiação sobre os olhos ou apenas a exposição à radiação do laser sem a devida proteção ocular, devido aos riscos de danos à córnea, retina, e que pode levar à cegueira. O laser também irá causar a vasodilatação, sendo totalmente contra-indicada para áreas do corpo com hemorragia”, finaliza a dentista.

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