Disfunção temporomandibular e dor orofacial: técnicas de relaxamento ajudam a controlar o problema?
Para tratar disfunção temporomandibular e dor orofacial, é bastante recomendado recorrer a técnicas de relaxamento (como massagens e alongamentos).
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Disfunção temporomandibular e dor orofacial são problemas que dificultam os movimentos de abrir e fechar a boca, pois comprometem justamente a articulação temporomandibular (ATM) - responsável por ligar a mandíbula ao crânio e garantir a movimentação oral. Quando essas pequenas disfunções surgem, causando incômodo e estalos na boca, recorrer a técnicas de relaxamento e a um profissional especializado torna-se bastante necessário. Mas, será que exercícios terapêuticos, como massagens e alongamentos, realmente resolvem o problema?
O Sorrisologia conversou com a cirurgiã-dentista Patrícia Almeida, especialista em reabilitação oral e estética, que explicou como as técnicas de relaxamento ajudam a aliviar a ATM e deu dicas para tratar a disfunção temporomandibular (DTM) de forma efetiva. Confira!
Disfunção temporomandibular e dor orofacial: técnicas de relaxamento realmente ajudam?
De acordo com a cirurgiã-dentista, identificar as causas da disfunção temporomandibular (DTM) é o primeiro passo para evitar que os sintomas se acentuem. “A disfunção da articulação temporomandibular pode ser causada por uma série de fatores, como problemas ortodônticos (dentes desalinhados ou a falta de alguns deles); estresse; cansaço; morder e roer objetos e bruxismo. Esses hábitos deixam as articulações tensas e dificultam a sua movimentação, causando desconforto e dor”, afirma a profissional.
Caso a DTM surja por conta de hábitos parafuncionais (como roer unhas, morder os lábios e objetos), por exemplo, o paciente deve mudar o seu comportamento o quanto antes. Ainda assim, cabe ao dentista propor uma linha de tratamento que ajude a cortar esses maus hábitos e também a reverter o quadro de dores orofaciais.
A dentista destaca que as técnicas de relaxamento realmente contribuem bastante para o tratamento. “As técnicas de relaxamento ajudam justamente a aliviar essa pressão e a amenizar os sintomas do problema, desde que sejam feitas da maneira correta e com a supervisão de um especialista”, destaca.
Como funcionam as técnicas de relaxamento para ATM?
Realizar técnicas de relaxamento para ATM é mais simples do que parece, sabia? De acordo com a especialista, o paciente pode seguir exercícios em casa (tanto de alongamento quanto de respiração) após receber as instruções do profissional. Confira as dicas listadas pela profissional:
- Abrir e fechar a boca (conforme explicado pelo dentista);
- Fazer o movimento de bochecho, enchendo a boca de ar e depois soltando;
- Realizar alongamento no pescoço;
- Colocar a língua no céu da boca e, depois, tentar abrir a boca com a língua ainda na mesma posição;
- Trabalhar a respiração e tentar não tensionar as articulações ao longo do dia.
É importante ressaltar, ainda, que é fundamental buscar um especialista na área para que o problema seja realmente resolvido, de preferência sem precisar de cirurgias. “O paciente deve procurar um cirurgião bucomaxilofacial, especialista em disfunção temporomandibular, para que ele avalie o caso e defina quais exercícios são mais indicados”, orienta a profissional.
Quais são os outros tratamentos para disfunção temporomandibular e dor orofacial?
Embora as técnicas de relaxamento sejam importantes para descontrair a ATM, é necessário conciliá-las com outros tratamentos. “Durante o dia, o paciente deve fazer exercícios, evitar ficar mordendo objetos e tensionando as articulações e os dentes. Já no período da noite, é indicado fazer o uso das placas miorrelaxantes (quando o paciente tem bruxismo, para conter o ato de ranger os dentes) e dos analgésicos”, finaliza a profissional.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, existem modalidades de tratamento conservadoras e bem definidas para DTM: autocuidados, medicamentos, fisioterapia, uso de placa oclusal estabilizadora (placa miorrelaxante), cirurgia, entre outras. Esses tratamentos devem ser acionados dependendo do nível da DTM e também do paciente em questão.