Por que é mais difícil tratar periodontite em diabéticos?
Veja por que é mais difícil tratar periodontite em pacientes diabéticos
Compartilhar em suas redes
Sabemos que nosso corpo é interligado, desta forma, é muito comum que qualquer anormalidade em determinada área afete o funcionamento de outras. Muita gente pode não fazer ideia, mas a exemplo disso temos o diabetes. “É uma doença metabólica que causa um aumento nas taxas de açúcares no sangue, a hiperglicemia”, explica a dentista Karina Bronholo Serrato. Pacientes nesse quadro podem apresentar um aumento da incidência de problemas bucais, como a periodontite. Para completar, o diabetes dificulta o tratamento para esses casos. Veja mais a seguir!
É verdade que diabéticos são mais propensos a desenvolver periodontite?
O diabetes é uma doença ligada à quantidade de açúcar no sangue, podendo aumentá-lo ou diminuir demais. Assim como destacado acima, essa é a característica que relaciona o quadro com o aumento de problemas bucais. “Os diabéticos são mais propensos a desenvolver periodontite, visto que com os altos níveis de glicose na saliva contribuem para a proliferação de bactérias”, esclarece a especialista. O contato dessas bactérias com a gengiva levam à inflamação local, conhecida como gengivite. Quando não é tratada, ela evolui para a periodontite, que atinge os tecidos de sustentação.
Entenda por que a periodontite é difícil de tratar em pacientes diabéticos
Segundo Karina, o quadro de periodontite se desenvolve com mais facilidade nesses pacientes pelo fato dos diabéticos terem dificuldade para reagir a processos infecciosos e inflamatórios, tornando-se muito mais difícil de se tratar a periodontite. Além de afetar o suporte dos dentes, a periodontite pode causar outros problemas, como dificuldade de absorção e aumento de resistência à insulina. “Desta forma, haverá uma maior descompensação glicêmica do paciente, prejudicando ainda mais a saúde”, completa Karina.
Como tratar doenças gengivais em pacientes diabéticos?
É inegável que pacientes diabéticos precisam de atenção redobrada nesses cuidados. Ao obter o diagnóstico da doença, um dos primeiros passos é diminuir a ingestão de açúcar. Esse controle da glicose contribui também para o controle de doenças bucais. “Consequentemente as respostas do organismo frente a uma inflamação serão mais eficientes, contribuindo para diminuir as chances de desenvolver doenças bucais”, comenta a especialista.
O recomendado é manter as consultas frequentes para realizar limpeza, raspagens e polimento coronário. Esses procedimentos contribuem para a diminuição de chances de desenvolver uma inflamação gengival. “Um tratamento de saúde multidisciplinar é fundamental para o acompanhamento do diabético”, destaca Karina.