Sialorreia pode atingir adultos?
Entenda como a sialorréia pode se manifestar na fase adulta e os tratamentos indicados para o quadro
Entenda como a sialorréia pode se manifestar na fase adulta e os tratamentos indicados para o quadro

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Sialorreia pode atingir adultos?

Você já ouviu falar em sialorréia? Conhecida popularmente como hipersalivação, a condição é caracterizada pela produção excessiva de saliva e pode resultar em alguns incômodos, como tosse excessiva e problemas na dicção. A sialo

17/06/2021

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Você já ouviu falar em sialorréia? Conhecida popularmente como hipersalivação, a condição é caracterizada pela produção excessiva de saliva e pode resultar em alguns incômodos, como tosse excessiva e problemas na dicção. A sialorréia costuma ser bastante comum em crianças e bebês, já que nessa fase o controle dos músculos da região facial não está totalmente desenvolvido. Mas será que o quadro também pode ocorrer na fase adulta? Para esclarecer essa dúvida e entender como a sialorréia afeta a saúde bucal, o time de Sorrisologia conversou com a dentista Vivian Marques, do Rio de Janeiro. Confira!

Sialorréia: o que é?

De maneira geral, a sialorréia nada mais é do que a salivação excessiva. “O quadro pode ocorrer devido ao aumento da produção de saliva ou pela diminuição da sua depuração, associada a dificuldade de engolir por fraqueza muscular ou incoordenação”, explica a dentista. Geralmente, a sialorréia surge em bebês em fase de aleitamento que, por sua vez, é o período responsável pelo amadurecimento das glândulas salivares. No entanto, a doença também pode indicar problemas com a deglutição, falta de controle dos músculos da face, garganta, boca e língua, assim como também pode estar ocasionada à quadros neurológicos como paralisia cerebral.

Os principais sinais da sialorréia

Diferente de outros problemas bucais, a sialorréia dificilmente passa despercebida pelos pacientes. Acontece que, além da produção excessiva de saliva, o quadro também pode apresentar outros sintomas perceptíveis. “A sialorréia pode causar “microaspiração”, o que pode levar ao engasgo, gerando tosse frequente e até mesmo alterações na capacidade de engolir”, alerta a especialista. 

Outros sinais que podem aparecer em um paciente com sialorréia são as lesões cutâneas, como rachaduras nos cantos dos lábios e feridas semelhantes à dermatite na região em volta da boca, queixo e pescoço. Além disso, a condição também pode resultar em dificuldades na fala, trazendo prejuízos para a dicção do paciente.

Afinal, os adultos podem apresentar sialorréia?

Se engana quem pensa que a sialorréia é uma condição exclusiva para bebês e crianças. Na verdade, adultos e idosos também podem lidar com a produção excessiva de saliva e os outros sintomas do quadro. “Por ser uma condição multifatorial, a sialorréia pode afetar qualquer faixa etária. Em adultos, o quadro pode surgir devido ao uso de certos medicamentos, como calmantes ou anticonvulsivantes, ou como sintoma de doenças neurológicas e refluxo gastroesofágico”, conta a dentista. Ao notar a salivação excessiva, é importante consultar um dentista o quanto antes - especialmente quando há presença de outros sintomas. Dessa forma, é possível garantir um diagnóstico correto e iniciar o tratamento mais adequado para o seu caso. 

Sialorréia: tratamento pode ser feito de diferentes maneiras

O tratamento para sialorréia pode variar de acordo com a causa do quadro. “No caso de refluxo gastroesofágico, por exemplo, a solução pode ser a prescrição de remédios pelo dentista para tratar a infecção”, afirma a profissional. Já quando o fator causador são os medicamentos, o ideal é suspender, alterar a dose ou trocar o medicamento.

Ainda assim, é importante ter em mente que a sialorréia deve ser tratada por uma equipe multidisciplinar, já que pode envolver reabilitação fonoaudiológica, medicamentos, aplicação de botox nas glândulas salivares e até mesmo cirurgia nos casos mais graves. “Além disso, podem ser necessários treinos para consciência sensorial e habilidades motoras orais e modificação corporal via biofeedback, que é baseada na monitoração do grupamento muscular alvo para estimulação com o uso de eletromiografia”, finaliza Vivian.

 

Este artigo tem a contribuição da especialista:
Vivian de Oliveira Marques - Cirurgiã dentista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
CRO-RJ: 50874

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