As consequências do hábito de chupar dedo na saúde bucal infantil
Bebês são sempre uma fofura e faz a gente querer apertar as bochechas. Qualquer simples ação que o pequeno faz, todos ao redor já se derretem. No entanto, alguns hábitos vistos, inicialmente, como comuns ou inofensivos, podem ser a causa de alguns problemas. O costume de chup
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Bebês são sempre uma fofura e faz a gente querer apertar as bochechas. Qualquer simples ação que o pequeno faz, todos ao redor já se derretem. No entanto, alguns hábitos vistos inicialmente como comuns ou inofensivos, podem ser a causa de problemas. O costume de chupar o dedo pode ser destacado como um exemplo. Especialmente quando a prática é mantida por muitos anos, já que a saúde bucal acaba arcando com certas consequências. Conheça os principais problemas bucais resultantes desse hábito e como solucioná-los com as explicações da dentista Melina Mara Silva.
Chupar o dedo é um hábito natural, desde que por um curto prazo de tempo
Segundo a profissional, o hábito de chupar o dedo se torna um problema quando persiste por um tempo prolongado. “A sucção digital é natural, instintivo e de conforto psicológico observado desde o útero materno até a fase de recém-nascido do bebê por volta de 4 meses para desenvolvimento da musculatura perioral e preparação da criança para mamar”, explica ela. Além da satisfação nutricional, a sucção se torna prazerosa, sendo agradável como um carinho ou aconchego. Mas, o hábito tende a ser abandonado pelo pequeno. Aqueles que dão continuidade, geralmente, fazem como uma maneira de liberar a tensão emocional ou criam a necessidade de contato.
Conheça os problemas bucais causados pelo hábito de chupar dedo
Até os 4 meses, o costume de chupar o dedo é considerado como natural, sendo parte do desenvolvimento físico e emocional do pequeno. A especialista explica que, após esse período, a criança não precisa mais da sucção, pois estará aprendendo a mastigar e deglutir os alimentos mais pastosos e sólidos. “A sucção digital por período prolongado (além da fase de dentição) pode causar prejuízos aos maxilares, como mordida aberta cruzada, profunda e posicionamento inadequado dos dentes”, destaca.
A posição do dedo na boca, a força de sugar, a posição da mandíbula e o tempo de sucção são fatores que interferem na gravidade do problema. E ainda, a questão psicológica, que o pequeno utiliza como conforto, e infantilização para meio social. “Além disso a criança pode se tornar respiradora bucal, o que diminui seu aporte de oxigênio no cérebro causando déficits de desenvolvimento e aprendizado”, completa Melina.
Saiba como solucionar os problemas causados pelo hábito
A dentista orienta que a mãe estimule a amamentação no peito, pois minimiza a necessidade de sucção digital, já que desenvolve a fase oral do bebê. “Nessa época, vale trocar por uma chupeta, que é mais anatômica, causando menos males à boca e aos dentes da criança”, indica ela. Vale lembrar que o hábito de chupeta é mais fácil de ser interrompido que o dedo. Os pais devem ficar atentos enquanto o pequeno dorme, como uma maneira de perceber se ele leva o dedo à boca, que deve ser retirado.
Para as crianças maiores, a dica é manter as mãos ocupadas com atividades que desenvolvam a coordenação motora. “Uma vez que sejam diagnosticados problemas de má oclusão em função do hábito prolongado de sucção digital, ela poderá ser tratada por um ortodontista, visto que existem na literatura diversos aparelhos para tentar corrigir o problema”, esclarece a profissional.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Melina Mara Silva - Ortodontista
Visconde do Rio Branco -MG
CRO-MG 32.986