Qual a relação entre bruxismo e DTM?
Bruxismo e DTM são duas condições diferentes, mas que podem ter relação. Saiba mais
Bruxismo e DTM são duas condições diferentes, mas que podem ter relação. Saiba mais

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Qual a relação entre bruxismo e DTM?

Bruxismo e DTM são duas condições diferentes, mas que podem ter relação. Saiba mais

08/03/2022

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A disfunção temporomandibular (DTM) e o bruxismo são problemas que afetam as articulações e músculos da mandíbula. As duas condições são caracterizadas por uma grande tensão na região do crânio e do maxilar, podendo desencadear incômodos como dor e dificuldade de mastigar e abrir a boca. Por isso, algumas pessoas acabam confundindo os dois quadros ou acreditam que um é sintoma do outro. Contudo, o bruxismo e a DTM não são a mesma coisa, mas, de fato, existe sim uma relação próxima entre eles. Quem nos explica melhor sobre o tema é a cirurgiã-dentista Uila Ramos da Silva, que aponta as causas, diferenças e formas de tratamento de ambos os casos. Confira. 

O que é DTM e bruxismo: quadros estão ligados a disfunção na articulação da mandíbula

Antes de entendermos qual a relação entre bruxismo e DTM, é importante saber o que é articulação temporomandibular. O termo corresponde às ligações e estruturas localizadas na base do crânio e do maxilar.  A região é responsável por coordenar todos os movimentos da mandíbula, como mastigar, comer, falar, abrir e fechar a boca. Segundo a dentista Uila, qualquer irregularidade na articulação temporomandibular, também conhecida como ATM, causa algum tipo de disfunção na área, que inclui sintomas como dores de cabeça frequentes, zumbido no ouvido e estalos na mandíbula. “A DTM (Disfunção Temporomandibular) compreende um grupo de manifestações clínicas que estão relacionadas aos músculos da mastigação, da cabeça e do pescoço. A articulação temporomandibular (ATM) e demais estruturas é que se apresenta como a mais relevante causa de dor de origem orofacial ”. 

Já o bruxismo, segundo a dentista, é um hábito parafuncional que ocorre de forma involuntária. A profissional comenta que a força aplicada na musculatura ao apertar e ranger os dentes provoca uma sobrecarga de todos os componentes do sistema mastigatório. Assim, o problema é uma das causas para o surgimento de disfunções na articulação temporomandibular. “A frequência deste hábito pode levar ao desenvolvimento de algum distúrbio na ATM que se enquadra na condição clínica da disfunção temporomandibular (DTM), representada por alguma anormalidade na ATM, músculos ou outras estruturas que compõem a articulação (mandíbula, osso temporal, disco articular, ligamentos, tendões, cartilagem articular)”, afirma.

De modo geral, podemos dizer que a relação entre bruxismo e DTM é que uma condição leva a outra. Portanto, pacientes com o hábito de ranger e apertar os dentes têm uma tendência maior a desenvolverem algum tipo de disfunção na articulação temporomandibular. “O bruxismo é um dos fatores etiológicos da DTM, não o contrário. O paciente pode apresentar o bruxismo e já desenvolver algum tipo de DTM”. 

Bruxismo e DTM podem aparecer ao mesmo tempo, mas possuem sintomas diferentes

A Dra. Uila explica que o bruxismo e a DTM são disfunções diferentes, mas podem acontecer simultaneamente. “A presença do bruxismo está muito relacionada ao estado emocional do paciente, em que estresse, medo, ansiedade e outras questões emocionais podem contribuir significativamente para que o indivíduo inconscientemente (em vigília ou dormindo) ranja ou aperte os dentes, devido a uma grande tensão”. 

A DTM, por sua vez, pode ter ligação com fatores estruturais, como oclusão ou posição dos dentes na arcada dentária. Além disso, outras situações que favorecem o desenvolvimento da disfunção são: 

  • predisposição genética;
  • traumas na região orofacial;
  • malformações;
  • apoiar a mandíbula nas mãos;
  • morder tampa de caneta;
  • artrite na ATM;
  • má postura.

Para aqueles que costumam confundir os dois quadros, a dentista recomenda ficar atento aos sintomas. “O bruxismo é mais fácil de notar. Os desgastes nos dentes e restaurações são comuns e indicam a necessidade de tratamento”, destaca a dentista, que também cita fadiga muscular, espasmos e dor no dente como outros possíveis sintomas de bruxismo. 

Já os sintomas de DTM, de acordo com a dentista, são mais caracterizados por dores na face e no ouvido. “Pode-se levantar a suspeita de DTM nos casos em que o paciente apresenta dores de cabeça, dores orofaciais sem nenhuma outra causa aparente e que são recorrentes”.

Tratamento de DTM e bruxismo varia de acordo com causa e efeitos

Tanto o bruxismo quanto a DTM afetam prejudicialmente a rotina do paciente, especialmente em quadros agudos. Logo, as duas situações exigem atenção e tratamento especializados. “O tratamento para cada condição clínica depende do diagnóstico e da extensão dos danos provocados, em que poderá requerer a atenção interdisciplinar (especialidades odontológicas) e também multiprofissional (psicólogo, fonoaudiólogo)”. A dentista afirma que a terapia para cada caso é focada em solucionar as causas e tratar as estruturas comprometidas por cada um dos problemas. “É reabilitar o paciente funcionalmente e colaborar para a melhora da sua qualidade de vida”, finaliza.

Este artigo tem a contribuição da especialista:
Dra. Uila Ramos da Silva - Cirurgiã-Dentista e Ortodontista
CRO-PE - Nº 10.380
Av. Bernardo Vieira de Melo, nº 2730, loja 02, Piedade.
Contato: Whatsapp (81) 99535 6620 / (81) 98528 4650
Instagram: @uilaramos_odontologia
 

Redação: Joanna Dark

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