Pulpite reversível e irreversível: qual a diferença?
Sabe aquela dor de dente horrível que às vezes aparece do nada? Pode ser um sinal de pulpite! Se você nunca ouviu falar dessa inflamação, agora é a hora, pois ela pode se manifestar através de diversos problemas bucais. Talvez o melhor exemplo disso seja quando h&a
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Sabe aquela dor de dente horrível que às vezes aparece do nada? Pode ser um sinal de pulpite! Se você nunca ouviu falar dessa inflamação, agora é a hora, pois ela pode se manifestar através de diversos problemas bucais. Talvez o melhor exemplo disso seja quando há lesões causadas pela tão temida cárie, pois a polpa dentária quando é atingida nesse processo acaba provocando uma dor muito singular. Entretanto, essa inflamação pode ser dividida em dois tipos distintos: reversível ou irreversível. Mas o que será que as diferencia? Conversamos com a endodontista Sofia Cabaleiro e ela esclareceu os principais pontos sobre cada uma.
O que é a pulpite e como ela surge?
Antes de entender exatamente o que é a pulpite, é preciso ter em mente que a estrutura do dente é dividida em três camadas distintas: o esmalte, que é a camada mais externa, a dentina, que é a camada intermediária, e a polpa, que é a parte mais interna e sensível do dente. A pulpite se manifesta exatamente nessa última camada, conforme a especialista explica: “É dentro da polpa onde se encontram os feixes vasculares nervosos e quando ocorre um trauma ou se existe algum agente agressor, como a cárie, essa polpa se inflama e gera assim esse quadro clínico”.
Qual a diferença entre pulpite reversível e a irreversível?
De acordo com a profissional, a pulpite é reversível quando ocorre a inflamação da polpa e ela pode ser tratada, devolvendo ao dente sua vitalidade. Porém, o quadro se torna irreversível apenas quando essa inflamação já afetou tão gravemente a polpa de forma que o único tratamento possível é a endodontia. “A diferença para diagnóstico está na intensidade da dor e a resposta da polpa aos testes de vitalidade realizados em consultório”, indica. Além disso, Sofia explica que o método mais comum para verificar cada caso é o teste com um spray gelado no dente afetado e, dependendo da resposta do paciente, é definido se a pulpite é reversível ou não.
Os sintomas de cada quadro e o tratamento
Se por um lado a pulpite reversível é caracterizada por uma dor de curta duração e bem localizada, a irreversível se apresenta como dor espontânea, normalmente à noite e com a sensação de que há um coração ‘batendo’ dentro do dente. Além disso, ela normalmente é provocada através de estímulos térmicos, tem uma longa duração e em muitos casos o paciente fica com certa dificuldade em apontar qual é exatamente o dente que está causando a dor. “Para a pulpite reversível é necessário remover o agente agressor, que pode ser cárie, restaurações extensas recentes, trauma oclusal. Já a irreversível o mais indicado é o tratamento endodôntico”, orienta a endodontista. Por isso para evitar tanto essa como outras lesões na cavidade bucal, é fundamental visitar regularmente o dentista para que seja possível identificar precocemente sinais de possíveis problemas.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Sofia Cabaleiro - Endodontista
Belo Horizonte, MG
CRO-MG: 34919