Por que o pós-operatório da extração de um dente siso pode ser tão complicado para algumas pessoas?
Inofensivo para uns, grande problema para outros. Entenda por que o processo de retirada do siso não é sempre igual nas palavras do especialista
Inofensivo para uns, grande problema para outros. Entenda por que o processo de retirada do siso não é sempre igual nas palavras do especialista

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Por que o pós-operatório da extração de siso pode complicado?

Aqueles que já passaram pela extração de um ou mais sisos se dividem em dois grupos. De um lado estão os que não tiveram qualquer tipo de problema depois da cirurgia e, do outro, os que classificam o pós-operatório como uma das experiências mais desagradá

07/03/2017

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Aqueles que já passaram pela extração de um ou mais sisos se dividem em dois grupos. De um lado estão os que não tiveram qualquer tipo de problema depois da cirurgia e, do outro, os que classificam o pós-operatório como uma das experiências mais desagradáveis que viveram. Ainda que possa parecer, não é exagero: o mesmo procedimento pode ser realmente mais complicado para algumas pessoas. Entenda o porquê com a ajuda do cirurgião dentista Sylvio Simioni.

O cenário tem um motivo

Enquanto uns retornam da extração como se nada tivesse acontecido, outros sofrem com sintomas de dor e inchaço na região operada. De fato, para certos pacientes a situação é bem mais delicada, mas isso tem explicação. “O pós-operatório pode ter algumas variáveis e tanto o aspecto biológico como a técnica utilizada podem influenciar”, conta o especialista. Segundo ele, pelo menos quatro fatores interferem na recuperação após a cirurgia.

Quem são os culpados?

O primeiro possível responsável pelas complicações é a posição do siso. “Ele pode estar retido dentro da estrutura óssea, o que fará com que o procedimento seja mais complexo, com uso de bisturi e brocas”, explica. Outro fator importante também é o formato da raiz do terceiro molar. Se ela for curva, aumenta o risco de uma fratura durante o ato da extração.

Sylvio ainda ressalta que outros dois prováveis culpados pelas dores são o método escolhido pelo profissional e a predisposição biológica do paciente. “Existem pessoas com uma tendência maior ao inchaço e mais sensibilidade a dor, todavia, quanto menos invasiva for a técnica utilizada, menor as chances de problemas”, esclarece.

Prevenção no pré-operatório

O período que antecede a cirurgia é bastante importante e cheio de cuidados: um deles é a realização do exame radiográfico. É por meio do raio-x que o dentista conseguirá ter uma visão completa da boca e poderá, assim, montar um planejamento detalhado do procedimento. Alguns casos vão realmente gerar traumas maiores, mas de qualquer forma, você deve ser informado a respeito. “Nós como profissionais temos o dever de tirar todas as dúvidas e passar todas as informações relacionadas à cirurgia, inclusive nossa previsão sobre o pós-operatório”, lembra o dentista.

Cuidados no pós-operatório

É importante lembrar que os cuidados após a extração também são cruciais para uma boa recuperação. O primeiro conselho, de acordo com o profissional, é ter em mente a importância de tomar a medicação prescrita respeitando os horários e a dosagem certa. Outras recomendações são o uso de compressas geladas nas primeiras 48 horas, alimentação líquida/pastosa em temperatura ambiente ou fria - sorvetes são muito bem-vindos - e evitar a prática de exercícios físicos. “Mais um ponto importante é não cuspir e/ou fazer bochechos nos primeiros dias pois, desta forma, o coágulo de sangue retido dentro da cavidade onde estava o dente do siso pode se soltar, ocasionando dificuldades na cicatrização”, alerta.

Este artigo tem a contribuição do especialista:
Sylvio Simioni - Cirurgião-Dentista
São Paulo - SP
CRO-SP: 99707

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