Herpes labial: o que é? Como surge? Quais são os sintomas?
Entenda tudo sobre herpes labial, como tratar e prevenir as crises
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Herpes labial: o que é? Como surge? Quais são os sintomas?

Entenda tudo sobre herpes labial: O que é, quais os sintomas, como tratar e como se prevenir das crises. Leia o artigo e tire as suas dúvidas!

08/05/2020

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Você desconfia que está com herpes labial? Olhar para o espelho e notar uma feridinha na boca pode ser um sinal de alerta. Se essa lesão estiver ali por muito tempo, causando coceira, ardência e tiver bolinhas, bem provável que você esteja com o vírus herpes.

Embora seja um problema que preocupa muita gente, esse doença tem tratamento e pode ser evitada adotando algumas medidas bem simples. Basta tomar todos os cuidados e seguir uma rotina de higiene para prevenir futuras crises.

Com ajuda da estomatologista Dulce Cabelho, o Sorrisologia explicou tudo sobre o herpes bucal e como lidar com essa doença. .   

O que é o herpes labial?

O herpes labial é uma infecção do vírus HSV-1 que pode se manifestar tanto nos lábios, boca ou gengiva. Essa doença pode causar aparecimento de pequenas vesículas ou bolhas nos lábios.

As lesões, que duram de 5 a 7 dias, são caracterizadas por um aglomerado de pequenas bolhas, nos lábios superiores ou inferiores. Ainda, elas costumam causar coceira, ardência e até mesmo formigamento na boca. Também podem gerar pequenas bolhas, que, quando estouram, acaba formando feridas na boca

Por essa razão, é recomendado que, sempre que surgirem as lesões características, o paciente evite o contato íntimo, especialmente com bebês.

Quais são as causas do herpes labial?

O herpes labial é desencadeado pelo vírus herpes simplex, um agente viral comum cuja transmissão entre indivíduos é relativamente simples. Contudo, nem todas as pessoas infectadas pelo vírus desenvolvem herpes labial.

O vírus herpes simplex tende a permanecer latente no organismo daqueles que o contraem. Quando o sistema imunológico desses indivíduos enfraquece por diversos motivos, como outras enfermidades como gripe ou resfriado, exposição prolongada ao sol ou alto nível de estresse, o vírus pode reativar-se, resultando no surgimento das típicas feridas na boca associadas ao herpes labial.

Para quem já possui o vírus herpes em estado de latência no organismo, é muito comum que as feridas nos lábios se manifestem em casos de baixa imunidade ou que estejam com o psicológico abalado. “O estresse emocional, alterações hormonais e exposição prolongada aos raios solares sem proteção também podem potencializar o aparecimento do problema”, atentou a especialista.

Sintomas do herpes labial

Descubra os principais sintomas de herpes labial:

  • Vermelhidão na boca: A área afetada pode apresentar uma coloração avermelhada, indicando o início do surto de herpes labial.

  • Formigamento na boca: Sensação de formigamento ou dormência nos lábios pode preceder o surgimento das lesões.

  • Coceira na boca: Prurido na região dos lábios é um sintoma comum durante o surto de herpes labial.

  • Ardência na boca: Sensação de queimação na área afetada pelos vírus herpes simplex.

  • Desconforto ou sensação de algo estranho na boca: O paciente pode sentir um desconforto ou uma sensação incomum nos lábios antes do aparecimento das lesões.

  • Surgimento de pequenas bolhas nos lábios: Lesões caracterizadas por pequenas bolhas cheias de líquido podem aparecer nos lábios.

  • Rachaduras nos lábios: Os lábios podem apresentar rachaduras ou fissuras antes ou durante o surto de herpes labial.

  • Feridas abertas na boca após o estouro das bolhas: Após o rompimento das bolhas, feridas abertas na boca podem se formar, podendo sangrar facilmente com os movimentos labiais.

  • Dor ao movimentar a boca: Dor ou desconforto ao falar, comer ou movimentar os lábios podem ser sintomas associados ao herpes labial.

Dulce ainda acrescenta os seguintes sintomas: “Depende da extensão das lesões, o paciente também pode ter febre e aumento dos gânglios em região de cabeça e pescoço”. O problema dura em torno de uma a duas semanas, mas é importante tratá-lo assim que ele começa a dar os primeiros sinais, pois a falta do tratamento adequado facilita a invasão de bactérias presentes na pele.

Reconhecer esses sintomas pode ajudar na identificação precoce do herpes labial e no início do tratamento adequado.

Conheça os tipos de herpes

Existem dois tipos principais de herpes. São eles:

  • Herpes tipo 1:

Este é o tipo conhecido como herpes labial, causado pelo vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1), como mencionado anteriormente. É uma condição bastante comum, caracterizada pela presença de lesões nos lábios. Uma vez infectada, a pessoa mantém o vírus latente no corpo indefinidamente, podendo ou não experimentar recorrências das lesões.

  • Herpes tipo 2:

Conhecida como herpes genital, esta é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) também comum, causada pelo vírus herpes simples tipo 2 (HSV-2). Ela se manifesta através do surgimento de lesões na região genital, incluindo vagina, pênis, ânus, nádegas e virilha. Assim como o tipo 1, a herpes tipo 2 permanece no organismo indefinidamente, alojando-se nas células nervosas.

Apesar dessa distinção, é importante ressaltar que ambos os tipos de vírus (HSV-1 e HSV-2) podem causar herpes labial.

Como prevenir o herpes labial

A contaminação ocorre pelo contato direto do local lesionado com a pele ou a saliva da pessoa que não possui a doença. A primeira infecção pode não causar os primeiros sintomas, como bolhas e dor, mas isso pode variar com o tempo. É preciso ficar atento!

A melhor forma de controlá-la é seguindo um tratamento recomendado. A terapia deve ser iniciada antes que comecem os primeiros sintomas, assim, o surto deverá ser de menor intensidade e duração. Além disso, também é importante tomar alguns cuidados para evitar que outras pessoas peguem a doença. Alguns deles são:

  1. Evitar contato com pessoas infectadas: Abster-se de beijar indivíduos desconhecidos ou aqueles que apresentam feridas na boca pode reduzir significativamente o risco de contrair herpes labial.

  2. Não compartilhar objetos pessoais: Evite compartilhar itens pessoais, como escovas de dente, talheres, copos ou toalhas de rosto, pois isso pode facilitar a transmissão do vírus herpes simplex.

  3. Evitar uso compartilhado de maquiagem labial: Não emprestar nem usar batom emprestado, pois isso pode transferir o vírus entre pessoas.

  4. Cautela ao compartilhar alimentos: Evite comer ou provar alimentos como picolés, pirulitos ou sorvetes de outras pessoas, pois isso pode expor você ao vírus caso a pessoa tenha herpes labial. Evite também alimentos industrializados.

  5. Precaução em ambientes públicos: Evite usar sabonetes de espaços públicos, pois eles podem estar em contato com superfícies contaminadas pelo vírus.

  6. Evite traumas na região afetada: Lesões físicas na área propensa a surtos de herpes podem desencadear crises. Portanto, evite qualquer tipo de trauma na região.

  7. Reduza a exposição ao sol: A luz solar excessiva pode desencadear surtos de herpes labial. Use protetor labial com FPS e evite a exposição prolongada ao sol, especialmente nos horários de pico.

  8. Gerencie o estresse: Momentos de estresse intenso podem enfraquecer o sistema imunológico, tornando-o mais suscetível a surtos de herpes. Pratique técnicas de relaxamento, como meditação ou ioga, para controlar o estresse.

  9. Priorize o descanso adequado: A falta de sono pode comprometer o sistema imunológico, aumentando o risco de crises de herpes. Certifique-se de ter uma boa qualidade de sono todas as noites.

  10. Proteja-se do frio e do vento forte: Condições climáticas extremas, como frio intenso e vento forte, podem desencadear surtos de herpes. Use roupas adequadas para proteger os lábios e a pele do rosto.

  11. Tome medicamentos conforme orientação médica: Em casos de herpes recorrente, seu médico pode prescrever medicamentos antivirais para reduzir a frequência e a gravidade dos surtos.

  12. Aplique filtro solar nos lábios: Use protetor solar labial com FPS para proteger os lábios dos raios UV, que podem desencadear crises de herpes.

  13. Considere a laserterapia de baixa potência: Este procedimento pode ser uma opção para algumas pessoas, pois pode ajudar a reduzir a frequência e a intensidade dos surtos de herpes labial.

Estas são diretrizes fundamentais para evitar contrair o herpes labial. A precaução é fundamental, especialmente ao entrar em contato com objetos ou superfícies que possam ter sido tocados por indivíduos infectados.

Como tratar a herpes labial?

Em geral, o herpes labial não requer tratamento, já que o sistema imunológico do corpo geralmente consegue combater o vírus e eliminar os sintomas em aproximadamente oito dias. Durante esse período, é essencial manter uma boa higiene bucal, evitar compartilhar objetos pessoais, como talheres e copos, e evitar tocar nas lesões para reduzir o risco de transmissão.

No entanto, existem pomadas antivirais disponíveis que podem ser aplicadas na área afetada para aliviar os sintomas e combater o vírus. É recomendável iniciar o tratamento preferencialmente dentro das primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas.

Em casos mais graves, especialmente quando as bolhas demoram a aparecer, o médico pode prescrever antivirais orais para fortalecer o sistema imunológico e ajudar na eliminação do vírus. Essa abordagem é mais comum em pessoas com o sistema imunológico comprometido, como aquelas em tratamento contra o câncer.

No entanto, ao experimentar os sintomas pela primeira vez, é aconselhável consultar um dermatologista ou infectologista para confirmação do diagnóstico, orientações adequadas e prescrição de medicamentos, se necessário.

Três dúvidas comuns sobre herpes bucal

  • 1. Quem tem herpes pode beijar na boca?

    Claro que pode! Porém, o beijo só pode acontecer fora do período de crise. Quando uma pessoa infectada beija outra durante o episódio de infecção, a transmissão torna-se possível. Então se isso aconteceu justo no dia do seu encontro, infelizmente, é melhor adiar. Recupere sua saúde para, então, poder beijar sem a menor culpa.

  • 2. Uma pessoa com herpes pode ir à praia?

    Sim, mas é preciso usar o filtro solar para prevenir a piora do quadro. Existem formas de uma pessoa com herpes aproveitar o sol sem se preocupar com possíveis lesões. Entre os cuidados: evitar a exposição ao sol, ter uma boa alimentação e usar um creme cicatrizante de acordo com a orientação do dermatologista.

  • 3. "Tenho herpes bucal, posso compartilhar meus objetos pessoais?"

    Não. O herpes é muito contagioso. A pessoa pode pegar não só beijando um portador, mas tendo contato com alguns utensílios usados pela pessoa. O contágio pode ser feito de forma direta (contato íntimo), ou por meio de objetos como toalhas e louças.

Herpes infantil: entenda como isso acontece

Assim como os adultos, as crianças também podem pegar herpes. A principal maneira de contágio acontece através dos adultos. Isso ocorre pelo fato de mais de 70% das pessoas de maior idade serem portadores do herpes labial.

A herpes infantil, também conhecida como herpes neonatal, é uma forma rara, porém séria, de infecção viral causada pelo vírus herpes simplex (HSV). Essa condição ocorre em bebês recém-nascidos, geralmente durante o parto, quando entram em contato com o vírus herpes de uma mãe infectada.

Os bebês podem contrair herpes durante o parto se a mãe estiver infectada com o vírus e este estiver ativo no momento do nascimento. A infecção pode ocorrer através do contato com o trato genital da mãe ou com as secreções vaginais infectadas. Em casos raros, a infecção também pode ocorrer antes do nascimento, enquanto o bebê ainda está no útero.

Os sintomas da herpes infantil podem incluir febre, irritabilidade, letargia, erupção cutânea, bolhas na pele, dificuldade para se alimentar e problemas respiratórios. Esses sintomas podem se desenvolver dentro das primeiras semanas de vida do bebê.

É importante diagnosticar e tratar a herpes infantil o mais rápido possível, pois pode causar complicações graves, como danos neurológicos, deficiências visuais e até mesmo a morte. O tratamento geralmente envolve medicamentos antivirais administrados por via intravenosa e cuidados de suporte para o bebê.

Para prevenir a herpes infantil, é fundamental que as mães grávidas que tenham história de herpes genital informem seus médicos para que possam ser tomadas precauções durante o parto. Além disso, é importante evitar o contato direto do bebê com feridas frias ou lesões genitais ativas.

Herpes labial tem cura?

Não existe cura para herpes. Depois do contágio ele fica latente nos nervos, como se estivessem dormindo, e assim nosso sistema de defesa não o reconhece como um intruso. Quando as crises vem à tona, significa que o vírus "acordou" e começa a se multiplicar novamente. É um ciclo sem fim que precisa de controle e tratamento.

A dentista Dulce explica como o herpes deve ser tratado: “Manter a imunidade em equilíbrio e controlar as exposições solares podem diminuir o ciclo de aparecimento das lesões”. No entanto, para começar a terapia, cada caso deve ser avaliado clinicamente. “Para diminuir os sintomas, é importante indicar medicações tópicas ou sistêmicas e, eventualmente, a laserterapia de baixa intensidade pode ser indicada”, finaliza a profissional.

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