Herpes Labial: O que é, Causas, Sintomas, Tratamentos e Prevenção
Conheça tudo sobre o herpes labial, previna-se e cuide da sua
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A herpes labial gera muitas dúvidas. Infecção comum causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1), é uma condição conhecida também como “sapinho” e se manifesta através de pequenas bolhas dolorosas nos lábios ou ao redor da boca.
Embora seja um problema que preocupa, essas feridas na boca tem tratamento e podem ser evitadas adotando algumas medidas bem simples. No artigo de hoje de Sorrisologia, vamos explicar tudo sobre o herpes labial e como lidar com a condição.
Afinal, O Que É Herpes Labial?
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3,7 bilhões de pessoas em todo o mundo já tiveram manifestações do vírus. O número corresponde a 60% da população mundial abaixo dos 50 anos, porém está contabilizado o herpes tipo 1, que aparece na região dos lábios e rosto, e o herpes tipo 2, que é o que surge na região íntima.
É importante entender que tanto o vírus da herpes tipo 1 quanto o tipo 2 podem causar herpes labial.
A herpes labial é uma infecção que pode aparecer nos lábios, boca ou gengiva. Ela se manifesta como feridas, bolhas ou vesículas nas regiões citadas acima e duram entre 5 a 7 dias.
A herpes labial também pode ser recorrente. Isso acontece em especial em pessoas com baixa imunidade, como em pessoas em situações de muito estresse, com infecções agudas ou que tomam medicamentos imunossupressores.
Não existe uma cura definitiva para herpes labial e a condição é extremamente transmissível.
Uma informação curiosa a respeito da herpes labial é que cientistas da Universidade de Cambridge, Inglaterra, chegaram a conclusão de que a primeira cepa do vírus HSV-1 do vírus da herpes apareceu há cerca de 5 mil anos, durante o êxodo da população da Eurásia para a Europa.
Essa migração ocasionou uma maior concentração de pessoas, o que causou uma troca de práticas culturais entre as populações, dentre elas, o beijo.
O Que Causa Herpes Labial?
A herpes labial é causada pelo vírus herpes simplex, um agente viral comum em que sua transmissão acontece no contato com pessoas que já são portadoras do vírus manifestado. Contudo, nem todas as pessoas infectadas pelo vírus desenvolvem herpes labial.
O vírus herpes simplex costuma permanecer incubado no organismo das pessoas que o contraem. O que se sabe é que, por diversas causas, como quando o sistema imunológico enfraquece, uma gripe, resfriado, exposição prolongada ao sol ou alto nível de estresse, o vírus pode aparecer, resultando no surgimento das feridas na boca associadas ao herpes labial.
Para quem já tem o vírus herpes em estado de latência no organismo, é muito comum que as feridas nos lábios se manifestem em casos de baixa imunidade.
Sinais Iniciais e Sintomas do Herpes Labial
Coceira, ardência e até mesmo formigamento na boca são alguns dos primeiros sintomas da herpes labial. Também podem aparecer pequenas bolhas que, ao estourarem, acabam formando outras feridas na boca.
Por essa razão é recomendado que, sempre que surgirem lesões na boca, a pessoa evite o contato íntimo, especialmente com bebês.
Os primeiros sinais da herpes labial costumam aparecer cerca de 6 dias após o contato com o vírus e os sintomas variam entre:
- vermelhidão na boca: a região afetada pode apresentar vermelhidão, o que pode sinalizar como os primeiros sintomas.
- formigamento na boca: sensação de formigamento ou dormência nos lábios pode ser indício do surgimento das lesões.
- coceira na boca: é um sintoma comum durante o surto de herpes labial.
- ardência e queimação na boca: sensação de queimação na área afetada pelos vírus herpes simplex.
- desconforto ou sensação de algo estranho na boca: a pessoa pode sentir um desconforto ou uma sensação incomum nos lábios antes do aparecimento das lesões.
- surgimento de pequenas bolhas nos lábios: lesões caracterizadas por pequenas bolhas cheias de líquido podem aparecer nos lábios.
- rachaduras nos lábios: os lábios podem apresentar rachaduras ou fissuras antes ou durante o surto de herpes labial.
- feridas abertas na boca após o estouro das bolhas: após o rompimento das bolhas, feridas abertas na boca podem se formar, podendo sangrar facilmente com os movimentos labiais.
- dor ao movimentar a boca: dor ou desconforto ao falar, comer ou movimentar os lábios podem ser sintomas associados ao herpes labial.
Como a Herpes Labial é Transmitida?
A transmissão do vírus da herpes acontece excepcionalmente através do contato direto com as feridas infectadas de uma pessoa que tem o vírus ativo.
As principais formas de transmissão são:
- beijo;
- compartilhar objetivos pessoais;
- contato pessoal muito próximo;
- transmissão assintomática.
Herpes Labial: 11 Ações Para Prevenir
Pela contaminação ocorrer pelo contato direto, a melhor forma de prevenção da herpes labial é, além de seguir à risca todo o tratamento recomendado pelo seu médico:
- evite o contato muito próximo com pessoas infectadas;
- não compartilhe objetos pessoais como escova de dente;
- evite o compartilhamento de maquiagem, principalmente a labial;
- cuidado ao dividir comida;
- atenção máxima em ambientes públicos;
- evite traumas na região afetada;
- não fique muito tempo no sol;
- use protetor solar labial;
- controle o estresse;
- descanse;
- agasalhe-se bem no frio e proteja-se do vento forte.
Tratamento para Herpes Labial
Primeiro, é preciso manter uma higiene bucal impecável. Escovação ao menos 2x ao dia e o uso do fio dental. Além disso, mantenha as feridas sempre limpas e secas, não toque nas lesões com as mãos sujas e principalmente, não compartilhe nenhum objeto pessoal.
Por ser uma condição que vem de dentro do corpo para fora, o sistema imunológico, quando em bom funcionamento, combate diretamente o vírus e elimina todos os sintomas em aproximadamente 8 dias.
Se o sistema imunológico estiver com alguma deficiência, ele não conseguirá combater sozinho o vírus. Seu médico poderá recomendar uma pomada específica para a sua condição e você deverá seguir as instruções de quantas vezes ao dia deve passar nas feridas.
Em casos mais graves, especialmente quando as bolhas demoram a aparecer e a região fica dolorida e avermelhada, o médico poderá prescrever medicamentos para fortalecer o sistema imunológico e ajudar na eliminação do vírus. Essa abordagem é mais comum em pessoas com o sistema imunológico comprometido, como aquelas em tratamento contra o câncer, por exemplo.
No entanto, ao experimentar os sintomas pela primeira vez, é aconselhável consultar um dermatologista ou infectologista para confirmação do diagnóstico, obter as orientações adequadas e a prescrição de medicamentos, se necessário.
Herpes Infantil: Entenda Como Isso Acontece
É um assunto delicado, porém necessário. As crianças também podem pegar herpes e a principal maneira de contágio acontece através dos adultos.
Segundo a presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Mariane Franco, a preocupação sobre beijar ou não um bebê tem sentido.
"É muito comum a família beijar a boca do bebê e as mãozinhas. Isso é totalmente equivocado e deve ser evitado, pois é uma porta de entrada para doenças graves, como herpes, impetigo ou acne neonatal", alerta Franco
A herpes infantil, também conhecida como herpes neonatal, é uma forma rara de infecção viral causada pelo vírus herpes simplex (HSV).
Essa condição ocorre em bebês recém-nascidos e geralmente a transmissão ocorre durante o parto, quando eles entram em contato com o vírus herpes de uma mãe infectada. Isso só acontece quando o vírus estiver ativo no momento do nascimento.
A infecção pode ocorrer através do contato com o trato genital da mãe ou com as secreções vaginais infectadas. Em casos raros, a infecção também pode ocorrer antes do nascimento, enquanto o bebê ainda está no útero.
Os sintomas da herpes infantil podem incluir:
- febre,
- irritabilidade,
- letargia,
- erupção de bolha,
- dificuldade para se alimentar,
- problemas respiratórios.
Esses sintomas podem se desenvolver durante as primeiras semanas de vida do bebê.
O tratamento da herpes infantil precisa de agilidade e atenção especial, pois se houver muita demora, pode causar complicações graves, como danos neurológicos, deficiências visuais e até mesmo o óbito.
Para prevenir a herpes infantil, é fundamental que pessoas grávidas que tenham história de herpes genital informem seus médicos para que possam ser tomadas precauções durante o parto. Além disso, é importante evitar o contato direto do bebê com feridas frias ou lesões genitais ativas.
Como Conviver Com O Vírus da Herpes Labial
Apesar de ser um susto quando aparece, é tranquilo conviver com o vírus da herpes labial. Principalmente em períodos de surto, o desafio pode ser maior, mas com atenção e cuidados extras, é possível reduzir a frequência de surtos, controlar a condição e evitar a transmissão do vírus para outras pessoas.
Para prevenir e controlar a herpes labial:
- mantenha a higiene bucal de forma rigorosa;
- evite contatos íntimos quando estiver com o vírus ativo;
- lave bem as mãos antes e depois de aplicar a pomada nas feridas;
- use protetor labial para ajudar a reduzir a coceira;
- controle o estresse;
- hidrate os lábios com manteiga de cacau ou protetor labial;
- mantenha uma alimentação equilibrada;
- evite alimentos industrializados e picantes.
Para gestantes, os cuidados precisam ser redobrados. Seu médico precisa estar ciente da sua condição durante a gravidez. Já durante a amamentação, é importante manter a conversa com o médico para que a medicação não afete o bebê.
Dúvidas Comuns Sobre Herpes Labial
1. Quem tem herpes pode beijar na boca?
Quando não estiver em período de crise, o beijo tá liberado! Uma pessoa infectada, quando beija outra durante o episódio de infecção, a transmissão é quase certa. Então, se isso aconteceu justo no dia do seu encontro, infelizmente, é melhor adiar. Recupere sua saúde para, então, poder beijar sem a menor culpa.
2. Uma pessoa com herpes pode ir à praia?
Sim, mas é preciso usar o filtro solar para prevenir a piora do quadro. Existem formas de uma pessoa com herpes aproveitar o sol sem se preocupar com possíveis lesões. Entre os cuidados: evitar a exposição ao sol, ter uma alimentação saudável e seguir as orientações médicas em relação à medicação.
3. "Tenho herpes bucal, posso compartilhar meus objetos pessoais?"
Não. O herpes é muito contagioso. A pessoa pode pegar não só beijando um portador, mas tendo contato com alguns utensílios usados pela pessoa. O contágio pode ser feito de forma direta (contato íntimo), ou por meio de objetos como toalhas, louças e escovas de dente.
4. Herpes labial tem cura?
Não existe cura para herpes. Depois do contágio ele fica latente no sistema nervoso, como se estivessem dormindo, e assim nosso sistema de defesa não o reconhece como um intruso. Quando as crises vêm à tona, significa que o vírus "acordou" e começa a se multiplicar novamente. É um ciclo sem fim que precisa de prevenção, controle e tratamento.
Por fim, para manter a condição sob controle é importante levar em consideração alguns pontos como manter a imunidade em equilíbrio, evitar exposições prolongadas ao sol e manter a região limpa e hidratada;
No entanto, para começar um tratamento com medicamento, cada caso deve ser avaliado clinicamente. Por isso, a indicação é sempre procurar ajuda médica e seguir as recomendações.
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