Efeitos das doenças autoimunes na saúde bucal: lúpus, esclerose múltipla, diabetes... Confira!
Você sabe como as doenças autoimunes podem afetar a saúde bucal? Veja o que diz um especialista!
Você sabe como as doenças autoimunes podem afetar a saúde bucal? Veja o que diz um especialista!

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Efeitos das doenças autoimunes na saúde bucal. Confira!

Efeitos das doenças autoimunes na saúde bucal: lúpus, esclerose múltipla, diabetes... Confira!

15/05/2019

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As doenças autoimunes são problemas causados pela reação do sistema imunológico em relação aos tecidos e órgãos do próprio corpo da pessoa, e embora existam tratamentos para controlar os seus sintomas, não existe uma cura. Essas doenças também são responsáveis por afetar a cavidade bucal e, dessa forma, causar efeitos negativos na região. Pensando nisso, o Sorrisologia conversou com a cirurgiã-dentista Ana Carolina Guimarães e ela explicou um pouco mais sobre esse problema. Confira!

Saiba quais doenças autoimunes podem influenciar a saúde bucal e entenda como isso acontece

Alguns exemplos de doenças que podem influenciar na saúde bucal são, principalmente, a doença de Crohn, o lúpus eritematoso sistêmico ou cutâneo, a síndrome de Sjögren, e a Psoríase. No entanto, pessoas com doenças imunológicas também estão em risco de adquirir problemas de saúde bucal. “Os sintomas mais comuns são a boca seca (xerostomia), síndrome de queimação bucal, lábios, língua rígida, crescimento excessivo da gengiva e maior risco de cárie e doença periodontal”, explica a profissional, que ressalta: “Muitas dessas doenças possuem os mesmos sintomas, como fadiga, tonturas, e febre baixa, por exemplo”.

Além disso, a hereditariedade e os hormônios também desempenham um relevante papel na incidência e nos sintomas das doenças. “As alterações hormonais podem fazer com que os sintomas sejam modificados, às vezes para melhor e às vezes para pior e há algumas manifestações bucais dessas doenças autoimunes”, explica.

Doença de Crohn, psoríase e o lúpus eritematoso sistêmico afetam a boca

Entre as doenças que afetam a boca, a Doença de Crohn é uma doença inflamatória que envolve todo o trato gastrointestinal. Como sintomas principais, os pacientes apresentam alterações bucais como inchaço da gengiva, úlceras na boca e inchaço dos lábios, que, consequentemente, causam uma maior dificuldade na hora de comer. Já a psoríase, caracterizada por uma doença autoimune da pele, tem como características placas brancas descamativas no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. E, embora essa doença não seja comum na boca, Ana Carolina esclarece que as lesões bucais podem ocorrer também nos lábios, língua, palato e gengiva. Além disso, o lúpus eritematoso sistêmico também pode afetar a boca criando pequenas úlceras, porém, a profissional explica: “Pode ser que as lesões sejam assintomáticas. Isto é, que não causem dor ao paciente”.

A saliva pode ser afetada pela síndrome de Sjögren

Segunda doença autoimune mais comum no mundo, a síndrome de Sjögren está associada, principalmente, com a artrite reumatoide. Ana Carolina explica: “Essa doença ataca as glândulas, provocando secura nos olhos, na boca, saliva espumosa e espessa (em alguns casos até a ausência de saliva), halitose, cárie, dificuldade na deglutição, alteração no paladar, dificuldade no uso de prótese dentária e sensibilidade na mucosa”.

A profissional comenta também que, para diagnóstico desta doença, o cirurgião dentista pode pedir o exame de Sialometria, que determina o fluxo salivar. Além disso, pacientes portadores desta síndrome muitas vezes contraem infecção fúngica na boca chamada candidíase. Para minimizar os efeitos dessa doença na realização do tratamento, Ana Carolina indica: “Consultas frequentes ao dentista unidas a uma boa higiene bucal e dental são necessárias e positivas ao tratamento”.

A doença de Hashimoto e a Esclerodermia afetam o ato de engolir

A Doença de Hashimoto, caracterizada por uma inflamação da tireoide, pode causar
inchaço facial, fraqueza, fadiga e sensibilidade a baixas temperaturas. Segundo a profissional, a garganta pode inchar tanto que dificulta até mesmo o ato de engolir. A esclerodermia, por sua vez, provoca o crescimento anormal do tecido conjuntivo nos vasos sanguíneos. Este problema pode fazer com que a pele fique espessa ou tornar a pele facial extremamente repuxada, tornando-se difícil aos pacientes portadores dessa doença a deglutição.

Dessa forma, a profissional esclarece: “Ambas as doenças mencionadas provocam a deficiência do ato de deglutição. Assim, ao sinal de algum destes sintomas descritos, procure ajuda médica especializada no diagnóstico e tratamento desses tipos de doenças”. A visita regular ao dentista é imprescindível e pode auxiliar no diagnóstico precoce de doenças como essas apresentadas.

Fibrose cística ou doença do beijo salgado

Esta, caracteriza-se pelo transtorno hereditário crônico raro com risco de vida que danifica os pulmões e o sistema digestivo. “Está doença afeta as células que produzem muco, suor e sucos digestivos. Isso faz com que esses fluidos se tornem espessos e pegajosos, dessa forma, aderindo a tubos, dutos e passagens”, explica a profissional ao ressaltar: “As alterações nas funções das glândulas salivares podem levar a impactos bucais, além da influência da saúde bucal sobre a condição de saúde geral, a boca pode representar um reservatório microbiano para as infecções crônicas pulmonares”.

Outras doenças que podem afetar a saúde bucal

Além das doenças citadas, Ana Carolina explica: “O diabetes tipo 1 ou Juvenil, caracterizado pela insuficiência na produção de insulina, causa boca seca contribuindo para a aparição das cáries, doenças periodontais e halitose”. Outra doença possível de afetar sua saúde bucal é a Doença de Addison. “Esse problema resulta na insuficiência e/ou na perda da produção salivar, pois atinge a boca destruindo as glândulas adrenais e suprarrenais, causando pigmentação difusa da mucosa”. Entre os sistemas desse quadro, estão a fraqueza extrema, cefaléia e a desidratação. Além disso, a esclerose múltipla (ELA) - doença rara em que o sistema imunológico destrói a cobertura protetora de nervos, impossibilitando o portador da doença de se mover - também causa distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo. Assim, é importante compreender as implicações da deficiência e, em seguida, discuti-la com o dentista com o objetivo de identificar o que precisa ser feito.

A profissional indica: “Deve-se avaliar o tratamento para saber se se trata de uma consulta para exame clínico, profilaxia, restaurações ou extração e se o procedimento pode ser feito no consultório ou terá que ser feito em hospital”. Os procedimentos devem ser discutidos com o paciente, bem como com a pessoa que cuida dele, para instruí-los sobre as formas corretas de, em casa, limpar e remover a placa bacteriana e resíduos alimentares. Outra doença que pode afetar a saúde bucal é a

Este artigo tem a contribuição do especialista:
Ana Carolina Guimarães Teixeira - Cirurgiã-dentista da Clínica Odonto Clean com graduação em odontologia pela Universidade Unigranrio.
Rio de Janeiro - RJ
CRO-RJ 46474

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