Entenda como funciona a cirurgia de fenda palatina
Quando uma criança nasce com fenda palatina é importante recorrer, o quanto antes, à cirurgia reparadora. Você sabe como é feito este procedimento? O especialista em patologia bucal Daniel Cohen explica Quando uma criança nasce com fenda palatina é importante recorrer, o quanto antes, à cirurgia reparadora. Você sabe como é feito este procedimento? O especialista em patologia bucal Daniel Cohen explica
Quando uma criança nasce com fenda palatina é importante recorrer, o quanto antes, à cirurgia reparadora. Você sabe como é feito este procedimento? O especialista em patologia bucal Daniel Cohen explica
Cirurgião-dentista Daniel Cohen
Dr. Daniel Cohen CRO-RJ 29267
Cirurgião-dentista formado em Odontologia pela UFRJ, PhD. em Estomatologia e Patologia Bucal pela UCL, pós-doutor em Odontologia pela UFRJ e em Oncologia pelo INCA

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Entenda como funciona a cirurgia de fenda palatina

Entenda como é feita a cirurgia de fenda palatina e os cuidados pós-operatórios para uma recuperação tranquila. Saiba mais no Sorrisologia!

15/07/2016

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A fissura palatina ou fenda labiopalatal é um problema sério e que acomete uma em cada 650 crianças nascidas no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Umas das etapas para o tratamento é a realização de cirurgias de reparação no local. “Muitas vezes uma única cirurgia não é o suficiente para corrigir os defeitos decorrentes da fenda palatina ou labiopalatal”, explica o estomatologista Daniel Cohen. O profissional contou ao Sorrisologia como é feita a cirurgia e os principais cuidados no pós-operatório.

Tratamento multidisciplinar

“O tratamento do paciente com uma fenda orofacial é desafiador”. Daniel defende a ideia de que o melhor tratamento deveria envolver uma abordagem multidisciplinar, incluindo diversos profissionais, como pediatra, cirurgião buco-maxilofacial, otorrinolaringologista, cirurgião plástico, odontopediatra, ortodontista, protesista, fonoaudiólogo, estomatologista e geneticista. Tudo isso porque a má-formação afeta desde a estética à problemas respiratórios na criança.

Como funciona a cirurgia?

A cirurgia reparadora do palato envolve mais de um procedimento cirúrgico. A época a serem realizados durante a infância varia de acordo com a gravidade da deformação e com a linha seguida pela equipe. “O cirurgião fará uma incisão em ambos os lados da separação, mexendo o tecido de cada um dos lados para o centro ou para a linha central do palato. Isto reconstrói o palato, juntando os músculos e tábuas ósseas, bem como fazendo com que o palato tenha as condições apropriadas para que a criança possa falar e se alimentar corretamente”, explica.

Já a realização da distração osteogênica maxilar, que seria a separação das duas partes constituintes do palato, pode ser feita em pacientes cuja cicatriz do palato limita a quantidade de avanço possível no momento da osteotomia. Esta técnica consiste no corte do osso para permitir o reposicionamento dos ossos maxilares da melhor forma possível permitindo a função e estética ideais ao paciente.

Quanto mais cedo, melhor

Para permitir o maior desenvolvimento do paciente e o mínimo de sequelas em consequência da fissura, o melhor é realizar o primeiro procedimento cirúrgico o quanto antes. Segundo Daniel, se a fenda labial estiver associada à fenda palatina – o que é bem comum – o fechamento do lábio é geralmente realizado durante os primeiros meses de vida e, depois, se faz a correção do palato.

Cuidados pós-operatório

Durante os primeiros dias após a cirurgia é comum o bebê sentir dor e desconforto, mas isso pode ser controlado com a medicação adequada dependendo de cada caso. O profissional dá a dica de usar imobilizadores dos cotovelos para que a criança evite coçar o local operado. “É crucial que se siga as instruções dos profissionais envolvidos sobre a alimentação para permitir a recuperação da cirurgia o mais rápido possível, com a cicatrização plena do palato do paciente”.

A alimentação também pode ficar comprometida, sendo necessária ser feita por via intravenosa. Sendo assim, o cirurgião indicará como deve ser a alimentação durante esse período de pós-operatório. Segundo Daniel, geralmente é recomendado o consumo de alimentos mais líquidos ou pastosos e evitar substâncias quentes, dando preferência a uma alimentação mais gelada.

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