Aparelho dentário na fase adulta: opções de tratamento discreto
Quando comenta-se sobre aparelho ortodôntico é muito comum relacioná-lo diretamente à infância. As crianças normalmente não o encaram como um problema, podendo até mesmo virar uma diversão, como o momento de escolha da borrachinha colorida para os br&aacut
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Quando comenta-se sobre aparelho ortodôntico é muito comum relacioná-lo diretamente à infância. As crianças normalmente não o encaram como um problema, podendo até mesmo virar uma diversão, como o momento de escolha da borrachinha colorida para os bráquetes. O objetivo em usá-lo é ter um sorriso bonito e dentes alinhados certinhos, e, em apenas alguns meses ou anos (variando em cada caso), essa meta é alcançada. No entanto, a necessidade do aparelho não está totalmente restrita a essa fase da vida.
Não são todos os adultos que estão dispostos a colocar essas peças metálicas nos dentes. A preocupação com a estética é o principal fator, atrelado à vergonha e até receio sobre o uso. Todavia, isto não está mais ligado a falta de opções. O avanço tecnológico da Odontologia abriu portas de alternativas, ainda eficientes, para esses indivíduos. São possibilidades discretas, assim como eles desejam, e mais higiênicas e confortáveis.
Mudança de cenário
Faz parte do senso comum imaginar que o maior número de pacientes com aparelhos ortodônticos são as crianças e jovens adolescentes. Estima-se que mais de um milhão de adultos fazem tratamento para alinhamento dos dentes, segundo a Associação Americana de Ortodontia nos Estados Unidos. A ortodontista Sílvia Reis ressalta que a procura por parte dos pacientes acima dos 30 anos tem crescido.
Para a dentista, o aumento ocorre devido uma série de fatos e também por se tratar de um tema de saúde. “Houve avanço nas técnicas e, por isso, indivíduos cujos tratamentos eram muito longos e invasivos, há 20 anos, podem ser tratados de uma forma muito mais eficiente e rápida nos dias atuais. Além disso, há quem não tinha condições financeiras para resolver o problema na infância e teve uma melhora na qualidade de vida” diz Sílvia.
Escolher o aparelho ortodôntico: de quem é essa função?
É importante ressaltar que além dos adultos, os idosos também podem corrigir a posição dos dentes. Para isso, é necessário que os dentes e ossos estejam saudáveis. Mas não é de total escolha do paciente qual aparelho quer e vai usar. A decisão do melhor modelo é feita a partir do diagnóstico e o problema a ser corrigido, e está nas mãos do ortodontista. “A indicação de qual é o melhor aparelho para cada paciente depende de um diagnóstico preciso. Dependendo do quadro, aparelhos estéticos podem atingir resultados de excelência”, destaca a dentista.
O metálico convencional ainda possui a grande vantagem no preço, por ser o tipo mais barato. Porém, os bráquetes (parte que fica colada aos dentes) de metal ou fios de aço são o oposto da palavra discrição. Pensando nisso, especialistas desenvolveram outras opções, como os aparelhos de cerâmica ou de safira, os linguais e os alinhadores removíveis.
Tipos de aparelho ortodôntico
Pensando na estética atrelada a um bom custo-benefício, a melhor opção são os bráquetes “transparentes” ou de safira. Nos últimos dez anos, problemas com o amarelado das peças e a eficiência do modelo foram solucionados através de novos materiais estéticos. Agora, os bráquetes não absorvem mais corantes, um grande benefício para o paciente (não se preocupando com a perda da “transparência” e dieta restritiva) e para o tratamento (favorece o deslize do fio do aparelho). Vale ressaltar que estes ainda não apresentam a mesma eficácia dos metálicos, mas podem ser usados em alguns casos ou momentos durante o tratamento.
Já os pacientes que procuram uma correção ortodôntica invisível, uma ótima escolha são os aparelhos linguais. Eles são colados na superfície de trás dos dentes e concedem as mesmas correções dos usados na superfície externa. “A montagem do aparelho é feita em laboratório especializado, para aumentar a precisão do posicionamento”, afirma a ortodontista.
Tecnologia de ponta
Um tratamento eficiente, e ainda mais discreto, foi desenvolvido nos Estados Unidos e já está em 80 países, entre eles, no Brasil. A ortodontista Sílvia explica como é feito: “Trata-se de uma série de alinhadores em sequência, transparentes e confeccionados com base na dentição do indivíduo, tudo projetado digitalmente”.
Uma grande vantagem do aparato é que ele não é fixado aos dentes, o que agiliza nas consultas iniciais e nos retornos. Além disso, pode ser retirado em alguns momentos, sempre respeitando o uso diário e constante, como destacado por Sílvia. "Além de extremamente estéticos, eles podem ser retirados para se passar fio dental ou escovar os dentes e são muito mais confortáveis que os aparelhos ortodônticos fixos”, diz a dentista.
É interessante que o uso de um software 3D traz a possibilidade de fazer diferentes simulações dos resultados. Aqui no país, já há algumas empresas nacionais desenvolvendo alinhadores usando uma tecnologia semelhante, que corrigem casos menos complexos satisfatoriamente.
Converse com seu dentista
A escolha do modelo e resultado satisfatório do tratamento depende de uma avaliação diagnóstica por um profissional. É ele o responsável por definir o melhor aparelho de acordo com o caso. Ainda mais que, o tratamento ortodôntico mal realizado pode trazer sequelas irreparáveis, como a perda de osso e reabsorção de raízes. Por isso, é de suma importância a procura de um profissional para realizar todo o tratamento. Sendo feito isto, tudo será conduzido de maneira correta e o resultado por um sorriso mais bonito será alcançado.
Quer saber mais como funciona o tratamento ortodôntico? Confira assistindo ao vídeo do Manual do Mundo:
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Sílvia Reis - Ortodontista
Minas Gerais - MG
CRO-MG: 18894